Depois de um dia de poucas vendas
no mercado, um modesto pescador regressava cansado para casa. Em sua cesta,
levava de volta boa parte da mercadoria. No caminho, foi surpreendido por uma
furiosa tormenta, que o obrigou a se refugiar na casa de seu amigo floricultor
que vivia à beira da estrada.
O floricultor ofereceu ao
pescador lugar para passar a noite, e o hospedou no quarto que dava para o
jardim. Mas ali a fragrância das flores não o deixava dormir. Então, o homem se
levantou, pegou em sua cesta os peixes, os pôs num recipiente com água para que
exalassem mais cheiro, colocou-o junto à cabeceira da cama e, em seguida,
dormiu profundamente. Para ele, era mais agradável o forte odor de peixe que o
delicado perfume das flores.
Algo parecido acontece a muitas
pessoas. Vivem tão acostumadas a respirar a moral desordenada do mundo que as
rodeia que perdem o gosto pela atmosfera espiritual que produz a fé sincera em
Jesus. Mas você e eu podemos ser diferentes. Se Jesus mora em nosso coração,
podemos desfrutar uma fé sem contaminação, onde o mal não tem lugar e o bem
domina nossa conduta.
Cristãos de verdade
Não basta que nos chamemos
“cristãos”, ou que só tenhamos a aparência de cristãos. Muitas vezes,
infelizmente, esse cristianismo exterior traiu os nobres princípios da fé
cristã. Foram “cristãos” os mercadores de escravos do passado; foram “cristãos”
os que deram início a terríveis guerras; e, com freqüência, são “cristãos” os
narcotraficantes que estão corrompendo a sociedade. São “cristãos” também os
maiores consumistas do mundo, que, com suas frivolidades e excessos de todo
tipo, vão perdendo a noção do essencial e da riqueza interior.
E que diremos dos abusos, das
aflições, das injustiças, dos crimes, roubos e da corrupção que cometem todos
os dias os que levam o rótulo de “cristãos”? O que diremos também dos lares
divididos, do ódio entre irmãos, da inimizade racial, do desprezo humano entre
uma classe social e outra? Tudo isso se alastra de maneira alarmante entre os
“cristãos”, chamados a ser o melhor povo da Terra. É lamentável essa
contradição entre o que dizemos ser e o que somos de verdade.
O cristão genuíno tem mais que um
verniz superficial de religiosidade. Ele cultiva a fé da convivência com Deus,
possui convicções estáveis, com base nos ensinamentos do Mestre, é íntegro e
fervoroso, tem interesses superiores e transcendentes. Solicita a ajuda divina
para viver uma vida pura e separada do mal.
Jesus declara com amor: “Por que
Me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46).
Decepcionamos Cristo quando mantemos um coração duplo ou uma linguagem dupla em
nosso comportamento cotidiano. Mas O honramos e alegramos quando atuamos com
pureza e fidelidade.
Um famoso escultor, desejando
aperfeiçoar sua arte, costumava se perguntar diante de cada obra que fazia:
“Como Michelangelo faria isto?” Essa pergunta o ajudava a redobrar o esforço e
a melhorar seu trabalho. Para esse escultor, sua maior inspiração era
Michelangelo.
Não poderíamos fazer a mesma
pergunta em relação a Jesus, para imitar Seu exemplo e perfeição? Assim,
seríamos mais parecidos com Ele. No mundo de hoje, quando é tão comum tomar
como modelo as atrativas figuras do mundo artístico, não é muito melhor tomar
como modelo a Jesus, e nos perguntar a todo o momento o que Ele faria se
estivesse em nosso lugar?
Partilhe a descoberta
Além de sermos cristãos
autênticos, é fundamental compartilhar com outros as bênçãos que Deus nos dá. A
magnífica obra de transformação de Deus em nós conserva seu vigor quando também
mostramos a outros como obtê-la. Crescemos quando indicamos ao próximo o
caminho da felicidade e da vida eterna.
A esta altura do livro, você acha
que está mais perto de Deus do que quando começou a leitura? Então, agora você
tem o privilégio de fortalecer seu coração ao despertar a fé em outros. Você se
sentirá feliz e será um canal de bênçãos para outros.
Como experiência, um homem
colocou sobre a mesa de sua cozinha um pequeno pedaço de doce. Em seguida,
colocou uma formiga sobre ele. O que fez a formiga? Desceu por uma das pernas
da mesa e se perdeu de vista. Um momento depois, voltou a mesma formiga, mas
dessa vez seguida de uma longa fila de amigas, para que todas também pudessem
participar do doce.
Assim age o bom seguidor de
Cristo. Uma vez que tenha provado a doçura do Senhor e Sua eterna verdade,
sente-se motivado a compartilhar o evangelho redentor. Faça como a formiga da
experiência: comunique a outros – amigos, parentes e chegados – a grande
descoberta que mudou sua vida.
Quando Jesus curou um homem
endemoninhado, disse-lhe: “Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez
por ti” e o homem “foi anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus
lhe tinha feito” (Lucas 8:39). Hoje o Senhor nos faz o mesmo pedido. Você é
cristão e ama Jesus? Fale a outros sobre Ele.
Contudo, a missão de pregar não
foi deixada ao acaso. A igreja é a agência criada por Jesus para espalhar ao mundo
a mensagem de Seu amor. Idealizada para cumprir uma nobre missão, a igreja é
uma comunidade de fé, amor e esperança. Chamada no Novo Testamento de “corpo de
Cristo”, a igreja verdadeira segue os comandos da cabeça. Ela valoriza os ensinos
de Jesus e obedece aos Seus mandamentos. Por isso, o apóstolo Paulo diz que a
igreja do Deus vivo é “coluna e baluarte da verdade” (1 Timóteo 3:15). Acima de
tudo, os membros dessa comunidade amam Jesus e partilham com os outros as
boas-novas sobre Ele. São amigos e mensageiros da esperança.
Anos atrás, minha
esposa e eu voávamos de Tóquio a Taipei, capital de Taiwan. A jovem aeromoça
que nos atendia falava um pouco de espanhol. Por essa razão, várias vezes foi
até nós para praticar a nova língua que estava aprendendo. Finalmente, ficamos
amigos.
Antes de abandonar o avião, nossa
amiga aeromoça, que também desceria em Taipei e morava ali, nos convidou para
passear no dia seguinte pelos lugares mais importantes da cidade.
E assim, desde a manhã até o
entardecer do dia seguinte, passamos horas encantadoras, acompanhados por nossa
boa amiga não menos encantadora. Chegou a hora da despedida. Então a convidamos
a ir ao nosso quarto de hotel, pois eu queria dar-lhe um de meus livros. Ali
falamos de Jesus para ela, e de como Ele nos ama e morreu para nos dar vida
eterna. Nossa amiga nos escutava com muito interesse. Quando a convidamos a
aceitar o Senhor como seu Salvador pessoal, ela chorou de emoção. Ela e nós
sentimos grande felicidade e paz. No coração dessa jovem oriental havia nascido
nova esperança. Que privilégio nos dá Jesus de
poder falar a outros sobre Seu amor redentor!
O que faremos
No dia 8 de outubro de 1871, o
pregador Dwight L. Moody falou ao maior público que havia sido reunido na
cidade de Chicago. Seu tema estava baseado na pergunta formulada por Pilatos:
“Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?” (Mateus 27:22). Ao término de sua
fervorosa pregação, Moody disse ao público: “Desejo que levem este texto
bíblico no coração e meditem nele durante a semana. Quando voltarmos a nos
reunir na próxima semana, poderemos decidir o que faremos com Jesus.”
Mas esse público nunca voltou a
se reunir, porque horas depois houve um terrível incêndio que destruiu grande
parte da cidade de Chicago. Anos mais tarde, recordando esse episódio, Moody
confessou: “Nunca mais ousei propor uma semana para que as pessoas pensassem em
sua salvação. Nunca mais voltei a ver aquela congregação. Muitas vezes pedi
perdão a Deus por ter dito ao público naquela noite que esperasse uma semana.”
Essa única oportunidade se perdeu para sempre.
Recordando essa experiência de
Moody, não lhe proponho que demore uma semana ou uns dias para decidir o que
você fará com Cristo. Talvez já tenha tomado essa sábia decisão. Nesse caso,
parabéns! Mas, se ainda lhe falta saber o que fará com Jesus, eu o convido a
tomar sua decisão hoje, agora (talvez nunca poderei dizer-lhe isso outra vez).
Não espere sequer um dia.
Aquele que ama com lealdade a
Jesus sempre se mostra disposto a praticar sua fé cristã. Conheça a vontade de
Deus e procure cumpri-la em toda situação. Jesus necessita ter seguidores desse
tipo. Seja um deles, e você viverá feliz com a bênção de Deus! Mas isso não é
tudo.
A gloriosa história da suprema
esperança ainda continua...
PARA RECORDAR:
1. Motivados
pelo amor, os cristãos autênticos seguem o modelo de Cristo e procuram ter uma
vida exemplar. A igreja é uma “nação santa”.
“Vós, porém, sois raça eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua
maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
2. A
igreja verdadeira valoriza os ensinos de Jesus e obedece aos Seus mandamentos.
“Aqui está a perseverança dos
santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apocalipse
14:12).
3. A
igreja tem a missão de testemunhar ao mundo a respeito do amor de Cristo. Nesse
processo, Ele sempre está presente com Seus amigos.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28:19, 20).
PS.: Lembrando
que esses temas são do livro AINDA EXISTE ESPERANÇA de Henrique Chaij
É isso amados, logo logo postarei
o último tema desse livro! Espero que tenham gostado e principalmente adquirido algo de bom dessa preciosa obra...
Fiquem na PAZ!
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