Se Jesus nos comove com Suas
ternas parábolas, também nos instrui com Suas aulas magistrais. Recordemos
algumas delas, nas quais o Mestre destaca os valores superiores da vida e os
grandes princípios que devem reger nosso comportamento.
A grandeza de espírito
Os discípulos estavam discutindo
entre si sobre qual deles seria o maior, o mais importante, o mais respeitado.
Então Jesus os chamou e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o
último e servo de todos” (Marcos 9:35). Porém, os discípulos João e Tiago
pareceram não entender esse ensinamento. Por isso, pouco depois, ajudados por
sua mãe, se dirigiram ao Mestre para Lhe pedir que em Seu reino os colocasse um
à Sua direita e o outro à Sua esquerda. Queriam ser os primeiros! Ainda não
haviam aprendido que, no reino espiritual de Cristo, o que mais tem valor é o
que serve com maior dedicação, e não necessariamente o que tem o cargo mais
elevado (Marcos 10:35-45; Mateus 20:20-28).
Quanto nos agradam o poder, a
importância pessoal e o lugar de maior destaque para obter o reconhecimento dos
demais! Mas, à vista do Altíssimo, isso é indignidade e egoísmo, próprio de
seres inferiores. Na concepção divina, a ordem máxima é servir por amor, é dar
pelo bem alheio, não importa a posição que ocupemos. Isso é o que o Mestre
ensina, e o que Deus abençoa. Essa é uma valiosa verdade que assegura a alegria
de viver.
A verdadeira generosidade
Certo dia, Jesus parou para
observar como as pessoas davam suas ofertas no templo. Entre os ricos que
entregavam vultosas quantias, “uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequeninas
moedas de cobre, de muito pouco valor”. Diante disso, o Mestre fez o seguinte
comentário: “Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais
do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua
pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Marcos 12:41-44, NVI).
Para Deus, o que damos não vale
tanto pela quantidade, mas pelo espírito com que o fazemos. Podemos dar do que
nos sobra, para adulação de nosso ego, para tranqüilizar nossa consciência, ou
para receber elogio do próximo. Mas esse hábito tão comum, ainda que possa ser
aprovado pela sociedade, é reprovado por Deus, que valoriza apenas os motivos
nobres de nossas ações.
Quando você der algo, faça-o com
amor, não como quem dá a moeda que lhe pesa no bolso. Mesmo que dê pouco,
talvez bem pouco, se realmente der com desprendimento, esse gesto terá a
recompensa do Senhor. Nisso consiste a verdadeira generosidade do coração. Se
tivéssemos a abnegação da viúva de antigamente, quão diferente seria o mundo!
Amor sem fronteiras
Como resposta à pergunta
maliciosa que havia formulado um doutor da lei, o Mestre contou uma parábola.
Começou dizendo que, no caminho entre Jerusalém e Jericó, um homem “veio a cair
em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem
muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto”.
Depois disso, um sacerdote passou
pelo lugar e, ao ver o homem naquela condição, se fez de distraído e continuou
seu caminho. Mais tarde, passou por ali um levita (religioso dedicado ao
serviço do templo) e fez o mesmo. Em terceiro lugar, passou um samaritano. E
ele, tocado pela necessidade do homem semimorto, o curou e tratou de suas
feridas. Além disso, o levou a uma pousada próxima e permaneceu ao seu lado até
o dia seguinte. Também pagou a conta e prometeu pagar qualquer outro gasto que
produzisse o desventurado.
No fim do Seu relato, Jesus
perguntou ao doutor da lei qual dos três viajantes considerou que o ferido era
seu próximo. O doutor respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele.”
Então, Jesus lhe disse: “Vai e procede tu de igual modo” (Lucas 10:25-37). O
ensinamento era claro: o “doutor”, tão entendido em doutrina e teologia, ainda
tinha que aprender a lição básica do amor zeloso, que prontamente atende o
irmão necessitado e desprotegido.
Não é essa também a lição de amor
fraternal que hoje devemos recordar a cada dia? Pode não ser o caso extremo de
ajudar a um doente ou um acidentado, mas podemos expressar o espírito do bom
samaritano a cada instante e em toda ocasião. O companheiro de trabalho que
perdeu seu filho, o colega de estudo que chora pela separação de seus pais, o
amigo que tem o coração abatido, o rapaz que não é querido pelos demais, a moça
abandonada pelo noivo...
Cada um desses é nosso próximo, a
quem podemos ajudar, como fez o antigo samaritano. Uma palavra, um gesto, um
sorriso, um favor, um momento de companhia, um modesto presentinho, todas essas
são boas maneiras de amar o próximo como a nós mesmos. Não existem motivos para
omitir atenção humana desse tipo, porque não custa nada, e, no entanto, pode
ajudar muito. Apontando a bondade do samaritano, o Senhor diz hoje a nós
também: “Vai e procede tu de igual modo.”
Ensinamento imortal
Em seu imortal Sermão do Monte,
Jesus ensinou o amor abnegado e perdoador. Ali, Ele destaca a perpetuidade de
Sua lei de amor (Mateus 5:17-20), e chega à máxima expressão da bondade quando
declara: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos
que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” (Mateus 5:44,
ARC).
O Mestre acrescenta: “Porque, se
amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam
aos que os amam.” Ou seja, qual é o mérito de amar ao que habitualmente nos
ama? Isso qualquer um pode fazer, mesmo o egoísta, que ama simplesmente por
conveniência, porque sabe que seu amor será correspondido. O verdadeiro mérito
consiste em amar inclusive os que não gostam de nós ou nos olham com maldade
(Lucas 6:32-36).
Que ideal elevado! Tal é o
desafio que nos apresenta o Senhor para orientar nosso comportamento com os
demais. E, embora o alvo seja elevado, não deveríamos apontar para ele,
engrandecendo assim nosso coração de cristãos? Esse é o insuperável ensino da
regra áurea: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o
vós também a eles” (Mateus 7:12).
Esse é o nobre princípio cristão
das relações humanas: ser e agir com os demais como gostaríamos que fossem e
agissem conosco. Se quisermos que o vizinho seja bom conosco, sejamos primeiro
nós assim com ele; e, se ele continua indiferente ou anti-social, igualmente
teremos ganhado, porque soubemos ser bondosos com ele.
O amor generoso é especialmente
necessário no lar. Que outro fator poderia construir melhor a felicidade da família
que o amor desinteressado? Esse amor sincero une o casal e mantém a harmonia do
lar. O verdadeiro amor sempre vence. Utilize-o para o bem de sua família e a
boa formação de seus filhos.
Paulo escreveu sobre esse amor
incondicional quando disse: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em
ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não
procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se
alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba” (1 Coríntios 13:4-8).
Uma senhora e seu esposo
prometeram muitos brinquedos, roupas e uma linda casa ao menino de um orfanato
se ele fosse morar com eles. O menino lhes perguntou: “Eu não posso ter nada
além disso?” A senhora então lhe perguntou: “Que mais gostaria de ter?” Ele respondeu:
“Quero apenas que me amem!” E o pequeno foi adotado com muito amor.
A resposta do menino foi o grito
desesperado de sua alma. Ele necessitava de amor. Não é esse também o maior
anelo de todos os seres humanos? Não existe sobre a Terra maior necessidade que
a de ser amados, aceitos e compreendidos.
Por isso, o Senhor nos insta a
cultivar e compartilhar a beleza do amor. Mediante Suas palavras, nos ensina
como amar, a quem amar e para que amar. Mas Sua palavra se agiganta com a força
de Seu exemplo. Ele diz: “Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei”
(João 15:12). Ele amava Seus amigos, os desvalidos, os pecadores e os
necessitados da sociedade.
O amor do Mestre se prolonga hoje
até nós. Ele corrige nossos defeitos e modela com paciência nosso caráter. O
magnetismo de Seu amor nos mantém junto dEle, para que aprendamos a ser como
Ele.
O carinho pelas crianças
Jesus tratava as crianças com
especial ternura e consideração. Uma vez, os discípulos quiseram distanciar as
crianças que se aproximavam do Mestre. Mas Ele lhes disse: “Deixai vir a Mim os
pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. [...] Então,
tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava” (Marcos 10:13-16).
Nenhuma tarefa de Jesus era tão
importante a ponto de impedi-Lo de expressar Seu amor para com as crianças. Na
sociedade daqueles dias, as crianças eram subestimadas e não desfrutavam maiores
direitos. Era-lhes proibido interferir nas tarefas dos adultos. Dessa atitude
errada participavam os discípulos. Por isso, quiseram impedir que as crianças
se aproximassem do Senhor. Mas Ele, com Sua terna aceitação dos pequenos,
mostrou quanto as amava e o tratamento considerado que mereciam.
Quão triste o Mestre fica hoje
quando vê como muitas crianças são maltratadas ou o abandono assassino em que
vivem! Como Ele levantaria Sua voz para condenar a crueldade e o sofrimento que
afligem tantas crianças de nossos dias! O que diria o Mestre ao observar o amor
permissivo e indisciplinado que recebem tantos outros pequeninos? E, diante do
amor dominante, possessivo e arbitrário que marca a vida de muitos outros
filhos, não expressaria o Senhor franca rejeição Custa crer que existam em
nosso mundo milhões de crianças que são vítimas cada dia de maus-tratos e que
haja tantos milhares de crianças indefesas que morrem diariamente no mundo por
falta da devida atenção. Contudo, “delas é o reino de Deus”, e delas é também o
mínimo direito de ser amadas, protegidas, alimentadas e educadas.
Você tem crianças sob seu
cuidado? Sejam seus filhos, seus netos, seus alunos, ou crianças a quem cuida
em sua profissão doméstica, trate-as com amor e paciência. Analise suas reações
e procure guiá-las segundo sua necessidade particular. Lembre-se de que uma vez
você também foi criança. Assim como os adultos, elas são propriedade de Deus.
Pense como Jesus as trataria se estivesse em seu lugar. Confie seu filho aos
cuidados do Senhor, e assim você o apartará do mau caminho.
A lei do amor
Com frequência se fala sobre os
Dez Mandamentos (Êxodo 20:3-17) como um código moral que perdeu sua validade
original. Muitos já não crêem no conteúdo completo desse Decálogo divino.
Outros afirmam que Jesus o cumpriu por nós e que, portanto, estamos
desobrigados de guardá-lo. Entretanto, o Mestre ensinou: “Não penseis que vim
revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”
E acrescentou: “Porque em verdade
vos digo: até que o céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da
Lei, até que tudo se cumpra” (Mateus 5:17, 18). Se recordarmos que os Dez
Mandamentos foram escritos “com o dedo de Deus” (Êxodo 31:18), e se recordamos
que “a lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma” (Salmo 19:7), não resta
margem para pensar que essa admirável lei de amor (Mateus 22:37-40) tenha
perdido sua vigência e relevância. Graças a Deus porque Sua eterna lei continua
em pé, e porque seus sábios preceitos defendem a vida, o amor, a família, a
pureza e a integridade em todas as suas formas.
Quantos mandamentos devemos
guardar? A maioria deles ou todos? Sem dúvida, quando a Bíblia diz: “Bem-aventurados
os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do Senhor!” (Salmo 119:1),
está se referindo a todos os mandamentos. Por isso, o apóstolo Tiago escreveu:
“Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna
culpado de todos” (Tiago 2:10). Que privilégio e que bênção têm os que procuram
guardar a totalidade da lei de Deus! Isso inclui o quarto mandamento, que estabelece
o sétimo dia da semana, o sábado, como o dia de descanso para a felicidade dos
filhos de Deus.
Quando Deus, em Sua onisciência e
bondade, viu a necessidade de criar o mundo e fazê-lo em seis dias, também
achou por bem acrescentar um dia a mais, um dia de “descanso” ou “repouso”,
para completar a semana de sete dias. Esse dia se torna ainda mais especial
porque o Senhor o abençoou e o santificou (Gênesis 2:3). Quando, pela graça de
Cristo, aceitamos a alegria do sábado e vivemos a felicidade de observá-lo, ele
verdadeiramente se torna a coroa de nossa semana.
É óbvio que, ao contrário do que
muitas igrejas cristãs ensinam hoje, Jesus veio ao mundo não para abolir a lei
ou mudar o dia de adoração do sábado para o domingo. Ele veio para cumprir a
lei e mostrar seu verdadeiro sentido (Mateus 5:17). Se a lei pudesse ser
abolida, Jesus não precisaria ter morrido em nosso lugar.
O teólogo Alberto Timm explica:
“A teoria de que a morte de Cristo na cruz teria abolido o Decálogo é
destituída de significado e acaba rompendo o relacionamento tipológico entre o
santuário da antiga aliança (terrestre) e o santuário da nova aliança
(celestial). Se a aspersão do sangue sobre o propiciatório da arca da aliança
no santuário terrestre (Levítico 16:14, 15) não abolia a lei que estava contida
dentro daquela arca (Êxodo 31:18; 40:20), por que então o sangue de Cristo
deveria abolir a lei contida na arca da aliança do santuário celestial
(Apocalipse 11:19)?”
“Portanto”, continua o teólogo, “nos ensinos
de Cristo encontramos a verdadeira dimensão espiritual do Decálogo livre das
tradições e ‘doutrinas que são preceitos de homens’ (Mateus 15:9). Essa
dimensão espiritual abrange também o quarto mandamento, que ordena a
observância do sábado (Êxodo 20:8-11).”
O sábado é um dia de descanso,
libertação, cura, restauração e esperança. Por isso, Jesus fez pelo menos sete
milagres no dia de sábado.3 Embora os líderes judeus tenham criticado o Mestre
por fazer curas no sábado, “em nenhum dos casos o ponto em discussão foi a
validade do sábado como dia de guarda, mas apenas a forma de ser ele observado”. Enquanto para os fariseus o sábado era um dia
de regras e restrições, para Jesus ele era um dia de vida e alegria, o símbolo
do descanso na graça.
Longe de ser um peso, a lei nos
traz a verdadeira liberdade em Cristo. O salmista diz: “Andarei em liberdade,
pois busquei os Teus preceitos” (Salmo 119:45, ARC). E Tiago se refere ao
Decálogo como “a lei régia”, “lei perfeita, lei da liberdade” (Tiago 2:8;
1:25). Por isso, a Bíblia declara “bem-aventurados” a todos “os que andam na
lei do Senhor” (Salmo 119:1), cujo “prazer está na lei do Senhor” e que meditam
“na Sua lei de dia e de noite” (Salmo 1:2).
Esse é um ensino eterno de Cristo
que devemos observar. Mas há outros aspectos que merecem nossa atenção e que
contribuirão para nossa maneira de viver.
Estilo de vida
Na esteira de todo tipo de
modismo em termos de dietas para emagrecer, o médico norte-americano Don
Colbert resolveu lançar um livro sobre a dieta de Jesus, garantindo que ela tem
valor científico. “Se comermos como
Jesus comia, seremos mais saudáveis”, escreve o médico. “Ele é nosso exemplo
com relação a bons hábitos alimentares e disciplina, para que vivamos uma vida
mais sadia e equilibra De fato, Jesus foi o modelo perfeito e até Sua dieta
serve de padrão para nós. Para formular
a dieta de Jesus e de Seus discípulos, o Dr. Colbert explora as regras
alimentares do Antigo Testamento (veja, por exemplo, Levítico 11) e analisa a alimentação
mencionada no Novo Testamento. Entre outras coisas, ele destaca os seguintes
aspectos do estilo de vida de Jesus:
• Jesus usava pão integral, água e
alimentos em seu estado natural, com baixo teor de gordura ou sal, tudo, é
claro, sem aditivos ou conservantes.
• Ele comia muitos vegetais, frutas,
feijões e lentilhas. Esses são alimentos prescritos por Deus para os primeiros
habitantes do planeta.
• A carne vermelha era ingerida raramente,
apenas em ocasiões especiais, ao passo que o peixe constituía a principal fonte
de proteína.
• A quantidade de alimentos ingeridos por
Jesus não devia ser farta, pois se comia apenas o necessário.
• A dieta de Jesus incluía itens e
benefícios da dieta mediterrânea, que contém gorduras saudáveis provenientes
principalmente do óleo de oliva.
• O consumo de suco de uva fornecia os
antioxidantes tão valorizados hoje.
• O modo de comer também era importante,
pois, nos tempos bíblicos, as pessoas comiam com calma, o que ajuda a comer
menos e facilita a digestão.
• Além de Se alimentar saudavelmente, Jesus
Se exercitava com freqüência em Suas longas caminhadas para fazer o bem ao
próximo.
Independentemente das
interpretações do médico, será que esse estilo de vida ainda faz sentido no
século 21? Sem dúvida! Uma prova de que ele oferece vantagens é que os
adventistas, que procuram seguir os princípios bíblicos do viver saudável,
vivem de 7 a 10 anos a mais do que a média da população dos Estados Unidos.
Objetos de muitos estudos
científicos, citados com freqüência na
mídia e agora retratados no filme The
Adventists, do cineasta Martin Doblmeier, os adventistas valorizam a dieta
vegetariana, não fumam, não bebem bebidas alcoólicas, não usam drogas e
incentivam a prática do exercício físico. Uma das principais autoras
adventistas, Ellen White, que escreveu muito na área de saúde, aconselhou: “Ar
puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de
água e confiança no poder divino – eis os verdadeiros remédios.”
O estilo de vida de Jesus e de
Seus discípulos, incluindo a alimentação, é outra lição que devemos levar em
conta, para termos uma vida mais saudável.
Ajuda nos momentos de provas
Quem não sofre provas dos mais
variados tipos? Mas, em meio dos piores embates, golpes ou adversidades, o
Senhor nos diz: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu
sou o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a Minha destra
fiel” (Isaías 41:10).
Niccolò Paganini estava
apresentando em Paris um dos mais célebres concertos de violino. Enquanto
afinava o instrumento, uma de suas quatro cordas se rompeu. A desilusão se
espalhou entre o numeroso público presente. Em seguida, em plena execução,
outra corda se rompeu. Mas, diante da preocupação das pessoas, Paganini
continuou tocando, até que uma terceira corda se partiu.
O público já estava evidentemente
desgostoso. Então, com toda serenidade, o afamado concertista disse: “Senhoras
e senhores, agora escutarão Paganini e apenas uma corda.” E, utilizando essa
única corda, o mestre executou uma música de modo tão extraordinário que, ao
final, um aplauso vigoroso ressoou em todo o grande salão.
Alguma vez se rompeu uma ou
várias cordas de sua alma? Ou talvez neste momento esteja sofrendo alguma
prova, algum quebrantamento? Lembre-se, então, de que Jesus, o Músico supremo,
nos toma como somos e como estamos e é capaz de arrancar de nossas dores as
melhores melodias de uma vida restaurada e bendita por Ele.
Em nossos pesares e decepções,
quando nos ferem com palavras ou atitudes, quando alguém nos trai, ou quando
alguém nos devolve mal por bem, então é que podemos recorrer ao Senhor para
superar a prova e seguir adiante com bom ânimo. Ele cura e conserta
maravilhosamente bem qualquer fratura de nossa alma, e ameniza qualquer dor do
coração com Seu bálsamo curador. Antes de você, Ele sofreu maiores provas e
perigos, e sempre saiu vencedor. Coloque sua vida sob Seu cuidado de amor!
Exemplo em tudo
O Mestre não ensinou apenas com a
palavra, mas também mediante o exemplo. Ensinou o amor aos inimigos, e assim
agiu com eles. Ensinou a importância da fé, e ninguém creu tanto em Deus como
Ele. Ensinou o valor da humildade, e praticou em alto grau essa grande virtude.
Pregou a consideração para com as crianças, e foi o primeiro a amá-las.
Enfim, Jesus nunca pediu algo que
Ele mesmo não estivesse disposto a praticar. Jamais insinuou aos Seus ouvintes:
“Façam o que digo, mas não o que faço”. Foi o Mestre perfeito que viveu o que
ensinou e que ajudou Seus seguidores aimitar Seu exemplo. Chegou a realizar
ações desnecessárias para Ele com o único propósito de estabelecer um exemplo
para todos os tempos.
Uma amostra clássica do que
dizemos é o próprio batismo de Jesus. Ele pediu a João Batista que O batizasse,
mas a princípio João recusou tal pedido. Como iria batizar o Messias e
Redentor, cuja vida perfeita não necessitava do arrependimento simbolizado pelo
batismo? Mas, quando o Senhor insistiu e disse que convinha “cumprir toda a
justiça” (Mateus 3:15), João “consentiu” e batizou Jesus.
Por que o Senhor pediu o batismo?
Simplesmente para nos dar o exemplo. Depois disso, abriu-se o caminho para o
batismo cristão, como símbolo de arrependimento e conversão. Mais tarde, Jesus
pediria que as pessoas cressem e fossem batizadas (Mateus 28:19; Marcos 16:16).
Mas, antes disso, Ele mesmo já havia recebido o batismo.
Que tipo de batismo recebeu o
Senhor? O único que se praticava em Seus dias: o batismo por imersão, que
requeria que a pessoa fosse submergida na água e em seguida levantada, como
representação da morte para o pecado e a ressurreição para uma vida nova pela
graça de Deus.
Por se tratar dessa forma de
batismo, era natural que João batizasse em um lugar com muita água. E isso é
precisamente o que relata o evangelho, ao dizer que João “estava também
batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas” (João 3:23).
Anos mais tarde, quando Felipe batizou o etíope que regressava a seu país,
ambos “desceram à água” e logo “saíram da água” (Atos 8:38, 39).
Outra vez, ali esteve presente o
batismo por imersão. A palavra “batizar” deriva do termo latino submergir ; e,
quando a Santa Bíblia diz que existe um só batismo (Efésios 4:5), alude a esse
batismo cristão por imersão, que Jesus exemplificou.
O apóstolo Paulo afirma: “Ou,
porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos
batizados na Sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo;
para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai,
assim também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6:3, 4). Aqui se afirma
que a relação do crente com Cristo mediante o batismo envolve uma relação com
Sua morte. No versículo 2, Paulo indica que uma pessoa que aceitou Jesus como
seu Senhor e Salvador morreu para o pecado. Disso podemos deduzir que o
cristão, unido com Cristo pelo batismo, morreu para o pecado e vive agora uma
vida nova dedicada a Deus.
Esse é outro lindo ensino para
experimentar, não acha? Mas isso não é tudo.
A história continua...
PARA RECORDAR:
1. Jesus ensinou que devemos amar
o próximo como a nós mesmos e tratar os outros como queremos ser tratados.
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens
vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas”
(Mateus 7:12).
2. A essência da lei de Deus, que
foi dada para assegurar o nosso bem-estar, é o amor. Por isso, a lei pode ser
resumida no amor a Deus e ao próximo.
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e
primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como
a ti mesmo” (Mateus 22:37-39).
3. A pessoa transformada por Deus
busca observar os princípios eternos da lei divina. A obediência à lei é
motivada pelo amor.
PS.: Lembrando que esses temas são do livro AINDA EXISTE ESPERANÇA de Henrique Chaij distribuído pela NOVOTEMPO!
É isso amados, logo logo postarei o próximo tema! Aguardem...
Fiquem na PAZ!
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