Durante longos séculos, o povo
esperou a chegada do Messias e Redentor prometido. Todas as famílias hebréias
acalentavam a esperança de que em seu meio nascesse o Filho da promessa. Finalmente,
ele nasceu na humilde aldeia de Belém, numa estrebaria rústica e malcheirosa,
tendo apenas a companhia dos animais.
Não havia ninguém ali para Lhe
dar as boas-vindas, ou para acompanhar os solitários pais. Nenhum amigo, nenhum
parente, nenhuma pessoa solidária, nenhum comunicador para espalhar a notícia!
E, e se alguém ficou sabendo do nascimento, deve ter pensado que se tratava de mais
um menino na face da Terra. Mas, pior ainda, quando o rei
Herodes percebeu que podia se tratar do Messias prometido, fez o que pôde para
destruí-Lo. “Mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus
arredores” (Mateus 2:16).
Jesus não veio ao mundo por
acaso, tampouco num momento qualquer da história. Veio “quando chegou o tempo
certo” (Gálatas 4:4, NTLH), quando o relógio divino marcou a hora precisa,
segundo os sábios e eternos planos do Altíssimo. Alguém pode achar que Jesus
demorou muito para chegar. Porém, Deus estava (e está) no controle do tempo e
dos acontecimentos. A escritora Ellen White comenta: “Como as estrelas no vasto
circuito de sua indicada órbita, os desígnios de Deus não conhecem adiantamento
nem tardança”.
Jesus nasceu no momento em que o mundo estava
preparado para a chegada do Salvador. As nações estavam unidas num mesmo
governo e se falava vastamente o grego em quase toda a extensão do império. Os
romanos haviam estabelecido um complexo sistema de caminhos que permitia viajar
com muito mais facilidade, e o sistema de correios estabelecido por eles
acelerava as comunicações. Havia uma espécie de
globalização, processo que teve início quando Alexandre Magno procurou “unir
toda a humanidade sob uma mesma civilização de tonalidade notadamente grega”, resultando
no helenismo.
Por sua vez, as religiões de
mistério haviam perdido grande parte de seu esplendor, e os homens se
encontravam cansados de cerimônias e fábulas. Depois de tantos séculos de
trevas, o desejo pela luz era evidente. As pessoas anelavam algo novo e estavam
preparadas para receber o Salvador. O mal tinha atingido o clímax no planeta, e
era hora de Deus fazer uma intervenção espiritual, mostrando um novo horizonte
para a humanidade. Como os judeus estivessem
espalhados, a expectativa da vinda do Messias era, até certo ponto, conhecida e
partilhada por pessoas de várias nações. Afinal, a própria Bíblia hebraica
estava traduzida para o grego (Septuaginta). Isso era importante porque o plano
de Deus era alcançar o mundo com as boas novas da chegada do Salvador.
Finalmente, as condições para a divulgação do evangelho haviam se tornado mais
favoráveis, e Deus achou que esse era o momento ideal para o nascimento de
Jesus.
O historiador Justo Gonzalez
comenta: “A ‘plenitude do tempo’ não quer dizer que o mundo estivesse pronto a
se tornar cristão, como uma fruta madura pronta para cair da árvore, mas que,
nos desígnios inescrutáveis de Deus, havia chegado o momento de enviar Seu
Filho ao mundo para sofrer morte de cruz, e de espalhar os discípulos pelo
mundo, a fim de que eles também dessem testemunho custoso de sua fé no
Crucificado”.
O dia mais importante
Quando os astronautas da Apolo XI
pisaram o solo lunar em 20 de julho de 1969, Richard Nixon, então presidente
dos Estados Unidos, declarou: “Este é o dia mais importante da história, a
maior façanha dos homens”. Mas o dia mais importante da história não teria sido
quando Jesus pisou a Terra, naquela estrebaria em Belém?
Contudo, enquanto a chegada do
homem à Lua era anunciada com júbilo em todo o mundo, a chegada de Cristo ao
nosso planeta foi anunciada de noite a um grupo de pastores de ovelhas, perto
de uma modesta aldeia da Palestina.
Assim nasceu o Prometido de Deus,
do modo mais inesperado, no lugar menos pensado, e diante da indiferença menos
merecida. O poderoso Dono do Universo, nascendo no lugar mais humilde,
identificando-Se com as necessidades humanas de todos os tempos, e mostrando a
excelência incomparável da humildade, como a virtude que torna os homens
realmente grandes, deixa-nos uma memorável lição: a verdadeira grandeza há de
ser acompanhada sempre pela humildade! Do contrário, a grandeza deixa de
existir para converter-se em orgulho, sede de fama ou ambição de poder.
Boa parte das realizações mais
importantes do mundo teve um começo muito humilde. A vida e a obra
transcendente de Jesus assim o demonstram, a partir de Seu humilde e secreto
nascimento. O pequeno de hoje, amanhã pode ser grande em sua vida; e sua
modéstia atual pode preceder suas melhores conquistas de amanhã!
O povo sabia de verdade quem
havia nascido em Belém? As opiniões estavam muito divididas, como estão até
hoje. Mesmo entre os chamados “cristãos”, muitos vêem em Jesus apenas um
profeta iluminado, ou um mártir incompreendido. E não faltam as ideologias
sociais e políticas que disputam o grande Mestre como seu real precursor.
Quanto de correto têm essas pretensões
Homem incomum
Napoleão Bonaparte se encontrava
cativo na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821. Certo dia, ele comentou
com seu fiel colaborador, o general Bertrand: “Escute, Jesus Cristo não é um
homem. Seu nascimento, a história de Sua vida, a profundidade de Sua doutrina,
Seu evangelho, Seu império, Sua marcha ao longo dos séculos, tudo isso é para
mim uma maravilha, um mistério inexplicável. Alexandre, César, Carlos Magno e
eu fundamos impérios, mas em que se fundamentam as criações de nosso gênio? Na
força. Somente Jesus Cristo fundou um império com base no amor, e neste exato
momento milhões de pessoas morreriam por Ele.”
Enquanto os grandes guerreiros e
conquistadores se moveram pelo amor ao poder, Jesus Cristo agiu com o poder do
amor. E, em resposta à Sua entrega redentora, quantos milhões de homens e
mulheres entregam a vida a Ele!
Por isso, Napoleão continuou
dizendo: “Só Cristo conseguiu conquistar de tal maneira a mente e o coração dos
homens que para Ele não há barreiras de tempo nem de espaço. Pede o que o
filósofo em vão busca de seus adeptos, o pai de seus filhos, a esposa do
esposo; pede o coração... O maravilhoso é que Seu pedido é atendido! Todos os
que sinceramente crêem em Cristo experimentam esse amor sobrenatural para com
Ele, fenômeno inexplicável, superior a possibilidades humanas... Isto é o que
mais me surpreende; o que me faz meditar com freqüência; o que me demonstra,
sem dúvida alguma, a divindade de Jesus Cristo.”
Napoleão teve que chegar ao
cativeiro e ao exílio para pronunciar essas palavras e reconhecer a realidade
do poder de Jesus. A trajetória de sua vida teria sido muito diferente se ele
houvesse pensado em Jesus enquanto conquistava espaços e destruía vidas
arbitrariamente em busca de uma glória vã e passageira.
Ao testemunho de Napoleão
poderíamos acrescentar muitos outros do mesmo teor. Durante sua vida, essas
pessoas ignoraram Cristo e até se opuseram a Ele tenazmente, mas, no fim do
caminho, voltaram atrás. Podemos mencionar, por exemplo, a atitude de Voltaire
(1694-1778), o célebre escritor francês que se gloriou de seu agnosticismo. Ele
se esforçou para desprestigiar o cristianismo e seu Fundador, e até animou-se a
predizer que a fé cristã iria desaparecer. Mas, na hora de sua morte, Voltaire
abandonou sua postura anterior, pediu perdão a Deus e exclamou: “Cristo!
Cristo!” De quantas bênçãos se privou esse grande incrédulo ao longo de muitos
anos por se haver levantado contra a pessoa de Jesus! Podia ter tido paz, mas
não a teve; alegria, mas tampouco a teve; esperança, mas achava que não
necessitava dela! Podia ter se sentido um filho de Deus, mas foi apenas filho
de suas próprias idéias anticristãs!
Terminemos esta seção recordando
as palavras do oficial romano que esteve diante de Jesus durante a crucifixão.
Impressionado pela dignidade de Cristo e pelas palavras que pronunciou da cruz,
o soldado exclamou quando Jesus expirou: “Verdadeiramente, este homem era o
Filho de Deus!” (Marcos 15:39).
Não é uma contradição negá-Lo
tanto e até crucificá-Lo para, no fim, reconhecer que o Crucificado “era o
Filho de Deus”? A obstinação pode fazer com que a pessoa insista em rejeitar as
evidências da divindade de Jesus Cristo. Porém, isso não resolve o problema do
ser humano. Aceitar Jesus como o Messias divino nos assegura a rica bênção que
somente Ele pode dar. Saliente no coração esta linda verdade!
A imagem do Deus invisível
O apóstolo Paulo declara que
Cristo “é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois
nEle foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra. [...] Ele é antes
de todas as coisas. NEle, tudo subsiste” (Colossenses 1:15-17).
Se Jesus criou “todas as coisas”
e existia “antes de todas as coisas”, pode-se tirar disso uma grande verdade:
que Ele é Deus, integrante da Divindade, eterno e sem começo no tempo. “No
princípio”, como declara João, “era o Verbo [Jesus], e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e, sem
Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:1-3). E Jesus Se encarnou, assumiu
nossa natureza “e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (v. 14).
Mais tarde, novamente o discípulo
João fala do mesmo assunto, e diz que estamos “em Seu Filho, Jesus Cristo. Este
é o verdadeiro Deus, e a vida eterna” (1 João 5:20).
Também é João quem registra as
palavras do discípulo Tomé, que inicialmente não creu na ressurreição do
Mestre, mas, quando viu por si mesmo o Senhor ressuscitado, exclamou: “Senhor
meu e Deus meu!” (João 20:28). Tomé chamou Jesus de Deus, e não estava errado.
Se houvesse cometido um erro ao chamá-Lo assim, Jesus o teria corrigido, não
acha?
Voltando a Paulo, ele diz que
Cristo “é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre” (Romanos 9:5). O mesmo
que, por amor a nós, assumiu a natureza humana e Se fez totalmente homem para
Se colocar em nosso lugar foi também e continua sendo nosso Deus onipotente, o
Autor de nossa redenção.
Se Jesus não fosse Deus, que
valor ou que significado teria Sua morte na cruz? Não seria a oferta do
Deus-homem que morreu em nosso lugar, mas apenas a morte de um mártir inocente.
“Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por
nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8).
“Ninguém tem maior amor do que
este: de dar alguém a própria vida em favordos seus amigos” (João 15:13).
Predições cumpridas
Nas páginas do Antigo Testamento
existem numerosas profecias sobre o esperado Messias formuladas com muitos
séculos de antecedência, algumas das quais não foram entendidas claramente. Mas,
quando se cumpriram com admirável precisão, então se observou nelas seu
conteúdo messiânico. Citemos apenas algumas dessas profecias:
1. O Messias nasceria em Belém
(Miqueias 5:2). Mateus diz de maneira explícita que Jesus nasceu em “Belém da
Judeia, em dias do rei Herodes” (Mateus 2:1; ver também Lucas 2:4-6). Justino,
nascido na Palestina por volta do ano 100 d.C., menciona, cerca de 50 anos mais
tarde, que Jesus nasceu em uma caverna próxima a Belém (Diálogo 78).
2. Nasceria de uma virgem e Se
chamaria Emanuel (Isaías 7:14). Isso se cumpriu, segundo Mateus 1: 22, 23 e 25.
Emanuel significa “Deus conosco”, e a encarnação de Jesus é a prova do desejo
de Deus de morar com Seus filhos.
3. Seria levado ao Egito (Oseias
11:1). Quando o rei Herodes, monarca da Judéia, soube que havia nascido um
menino a quem alguns identificavam como futuro “rei dos judeus”, decidiu matar
todos os meninos menores de dois anos que havia em Belém (Mateus 2:14, 15). Mas
os pais de Jesus conseguiram fugir para o Egito, para salvar a vida do
recém-nascido.
4. João Batista seria Seu
precursor (Isaías 40:3; Malaquias 3:1).
João Batista foi um profeta que gerou um reavivamento espiritual entre o povo
judeu, preparando assim o caminho para a chegada do Messias (Mateus 3:1-3;
11:10).
5. Realizaria uma vasta obra
espiritual mediante a unção do Espírito Santo (Isaías 61:1, 2). Segundo essa
profecia, Jesus traria alívio aos quebrantados de coração e daria visão aos
cegos. No início de Seu ministério, Cristo afirmou ser o cumprimento dessa
promessa (Lucas 4:18-21). A partir de então, não deixou de consolar os tristes
e curar os doentes.
6. Falaria por parábolas (Salmo
78:2). Mateus 13:34 e 35 diz: “Todas estas coisas disse Jesus às multidões por
parábolas e sem parábolas nada lhes dizia”. De fato, nos evangelhos aparecem
mais de 50 parábolas proferidas por Jesus.
7. Seria nosso pastor (Isaías
40:11). O próprio Jesus assumiu esse título. Ele afirmou: “Eu sou o bom pastor.
O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (João 10:11).
8. Seria traído por um amigo
próximo (Salmo 41:9). Os evangelhos narram que Judas, um de Seus discípulos,
entregou Jesus para ser julgado, traindo-O (João 18:2, 3).
9. Seria vendido por trinta
moedas de prata (Zacarias 11:12). Trinta moedas de prata era o preço que se
pagava por um escravo (Êxodo 21:32), e equivaliam a 120 dias de salário de um
trabalhador. Mateus 26:14 e 15 afirma que Judas recebeu trinta moedas de prata
por trair Jesus.
10. Suas mãos e Seus pés seriam
perfurados na crucifixão (Salmo 22:16). Segundo o historiador Josefo, a
crucifixão era uma prática comum na Palestina. Essa era uma das piores formas
de tortura e um dos métodos de execução mais cruéis que tinham sido inventados.
Com respeito às feridas que deixaram os pregos em Suas extremidades, Jesus
afirmou: “Vede as Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo; apalpai-Me e
verificai” (Lucas 24:39).
11. Zombariam do Messias (Salmo
22:7, 8). Os evangelhos nos contam que os judeus “zombavam dEle” e os que
estavam crucificados com Ele “O insultavam” (Marcos 15:29-32).
12. Dariam vinagre e fel para Ele
beber (Salmo 69:21). Um soldado romano ofereceu
vinagre com fel a Jesus na cruz (Mateus 27:34, 48). A mistura de vinagre com
fel produzia no crucificado certo adormecimento. Porém, Jesus o rejeitou, já
que não queria nada que Lhe tirasse a lucidez num momento como aquele.
13. Dividiriam Suas roupas entre
si e lançariam sortes sobre Suas vestes (Salmo 22:18). A túnica de Cristo (João
19:23) era sem costura; por isso, no momento da crucifixão, os soldados romanos
decidiram lançar sortes sobre ela em vez de dividi-la em partes (Mateus 27:35).
14. O Messias sofreria para
consumar nossa salvação (Isaías 53:4-9). Seria menosprezado, açoitado, ferido,
abatido; levado como ovelha ao matador, sem abrir Sua boca. Isso se cumpriu de
forma dramática quando Cristo ofereceu a vida, segundo a narração detalhada nos
quatro evangelhos.
15. O Messias nasceria no tempo
determinado por Deus e predito pela profecia (Daniel 9:24-27). Em síntese, essa
profecia diz que o Messias (isto é, Cristo, o Ungido) apareceria 483 anos após
o decreto emitido em 457 a.C. para restaurar Jerusalém, o que equivale ao ano
em que Jesus foi batizado e iniciou Seu ministério público, em 27 d.C. Ao
começar Seu trabalho, Jesus proclamou:
“O tempo está cumprido, e o reino
de Deus está próximo” (Marcos 1:15). Essa referência ao tempo indica que
Ele tinha consciência das profecias messiânicas do Antigo Testamento e em
especial dessa profecia de Daniel. Sem dúvida, a missão do Salvador transcorreu
em harmonia cronológica e teológica com o cuidadoso planejamento profético
(veja o diagrama).
70 semanas = 490
anos
457 a.C. = Decreto de Artaxerxes até
408 a.C. que foi o Término da reconstrução de Jerusalém = 7 semanas isto
equivale 49 anos.
408 a.C. = Término da
reconstrução de Jerusalém até 27 d.C.
que foi o Batismo de Jesus = 62
semanas equivalente 434 anos.
27 d.C. que foi o Batismo de
Jesus até 31 d.C. que foi a Morte de Jesus e 34 d.C. que sucede a pregação aos gentios
= 1 semana, isto é 7 anos.
Essa profecia de Daniel tem uma
precisão matemática tão grande que o próprio Sir Isaac Newton (1643-1727), o
gênio inglês da matemática, ficou fascinado por ela. Dono de uma extensa
biblioteca de filosofia e teologia, o formulador da lei da gravitação universal
tinha grande interesse não apenas pelas experiências da ciência, mas também
pelo estudo sério da Bíblia, e chegou a escrever um comentário sobre as
profecias de Daniel e do Apocalipse.
Na obra As Profecias do
Apocalipse e o Livro de Daniel, o cientista expressa sua confiança nas
profecias, com destaque para Daniel. “A autoridade dos imperadores, reis e
príncipes é humana; a autoridade dos concílios, sínodos, bispos e presbíteros é
humana. Mas a autoridade dos profetas é divina e compreende toda a religião”,
ele escreveu. “A predição de coisas futuras refere-se à situação da igreja em todas as épocas: entre
os antigos profetas, Daniel é o mais específico
na questão de datas e o mais fácil de ser entendido. Por isso, no que diz
respeito aos últimos tempos, deve ser tomado como a chave para os demais.”Para
Newton, rejeitar as profecias de Daniel “é rejeitar a religião cristã, pois que
essa religião está fundada nas profecias a respeito do Messias”.
Como diz o teólogo Gleason Archer
em referência à profecia de Daniel 9:24-27, “somente Deus poderia predizer a
vinda de seu Filho tão admirável precisão; ela desafia toda e qualquer
explanação racionalista”. Mais de cinco
séculos antes, Deus anunciou o tempo exato do início do ministério de Cristo e
a ocasião de Sua morte. Como foi isso? Vamos entender melhor a predição.
Próximo ao fim dos 70 anos do
cativeiro israelita em Babilônia, que teve início em 586 a.C., Deus explicou
a Daniel que o Messias apareceria “sete
semanas e sessenta
e duas
semanas” – ou seja, um total de 69 semanas –
“desde a saída
da ordem para
restaurar e para
edificar Jerusalém” (Daniel
9:25). Esse decreto, que concedia autonomia plena aos judeus, foi
emitido no sétimo ano de Artaxerxes, o
rei persa, e tornou-se efetivo no outono do ano 457 a.C. (Esdras 7:8, 12-26;
9:9). Depois da 69ª semana, o Messias seria
“morto” (Daniel 9:26),
o que representa
uma referência à
morte vicária de Jesus.
Ele deveria morrer
no meio da
70ª semana, fazendo “cessar o sacrifício e a oferta de manjares”
(Daniel 9:27).
A chave para a compreensão do
tempo profético reside no princípio bíblico
de que, em
profecia, um dia
equivale a um
ano solar literal (Números 14:34; Ezequiel 4:7). De
acordo com o princípio do dia-ano, as
70 semanas (ou
490 dias proféticos)
representam, portanto, 490 anos
literais. Sendo que
esse período deveria
iniciar com a
“ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”, em 457 a.C., os 483
anos (69 semanas proféticas) nos levam ao outono de 27 d.C., ano em que Jesus foi
batizado e iniciou Seu ministério público.
Por ocasião de Seu batismo no rio
Jordão, Jesus foi ungido pelo Espírito Santo e recebeu de Deus o reconhecimento
como o “Messias” (hebraico) ou como
“Cristo” (grego), ambos
os títulos tendo
o mesmo significado: o
“Ungido” (Lucas 3:21,
22; Atos 10:38). Na metade da 70ª semana, ou seja, na
primavera do ano 31 d.C., exatamente 3,5 anos após Seu batismo, o Messias fez
cessar o sistema de sacrifícios ao oferecer Sua própria vida como sacrifício
pela humanidade. No tempo exato indicado pela profecia, durante o festival da
Páscoa, Ele morreu. Essa profecia de caráter cronológico, cumprida com
extraordinária precisão, representa uma das mais fortes evidências da verdade
histórica fundamental de que Jesus Cristo é o longamente prometido Salvador do
mundo.
Você percebe como essas predições
relativas ao Messias se cumpriram fielmente na pessoa e obra de Jesus Cristo?
Bem disse o discípulo André sobre Jesus: “Achamos o Messias” (João 1:41). Sim,
Jesus foi o Messias que o povo esperava ansiosamente. Mas, quando Ele veio, os
líderes O rejeitaram (João 1:10, 11).
Amigo ou amiga descendente de Abraão, Isaque e
Jacó, quero dizer-lhe com todo respeito e afeto: não continue esperando a
chegada do Messias, porque o Messias já veio. Examine detidamente o assunto, e
verá que tudo o que o Antigo Testamento diz sobre Ele se cumpriu na pessoa de
Cristo, como narram as páginas do Novo Testamento. Aceite seu compatriota Jesus
como o Messias prometido e o Salvador do mundo. “Não há salvação em nenhum
outro” (Atos 4:12), disse Pedro, outro bom conterrâneo seu.
Superior a todos
Conta a lenda que um homem se
encontrava preso na areia movediça. Quanto mais lutava para sair dela, mais
afundava. Então, um líder religioso que passava pelo lugar disse
filosoficamente: “Isto é prova de que os homens devem evitar lugares como
este.” Pouco depois, passou por ali outro religioso. Ao ver o homem em
desgraça, limitou-se a dizer: “Que esta seja uma lição para os demais!”, e
continuou seu caminho.
Enquanto o homem se afundava cada
vez mais na areia, outro religioso disse ao passar: “Pobre homem! É a vontade
de Deus.” Logo, outro pensador religioso gritou ao desafortunado: “Anime-se!
Você voltará à vida em outro estado!” Finalmente, passou por ali Jesus. Ao ver
que o homem não tinha saída, inclinou Se e lhe estendeu a mão, dizendo: “Dê-Me
sua mão, irmão,que o tirarei daqui!”
A lenda ilustra o caráter notável
de Jesus. Assim foi o poderoso Messias de ontem e assim continua sendo o amável
Mestre e Salvador Jesus Cristo. Todas as Suas ações são obras de amor. Não
passa por uma pessoa desvalida sem oferecer-lhe ajuda. Não há quem possa
igualar-se a Ele. Jesus nos levanta quando estamos caídos, nos indica o que
fazer quando nos sentimos extraviados e nos dá um coração radiante quando as
nuvens eclipsam o sol da alegria.
Jesus foi certamente o enviado de
Deus e o Messias tão esperado. Recebê-Lo como tal em nosso coração traz paz,
gozo e salvação. Sua vida incomparável é mais ampla que a vastidão dos mares,
mais sublime que os altos céus e mais profunda que o insondável oceano. Com
razão, ao concluir seu evangelho, o discípulo João disse sobre as obras de
Jesus: “Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo
inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (João 21:25). Mas isso não é
tudo. Há muito mais. A história continua...
PARA RECORDAR:
1.
Jesus, a esperança dos séculos, nasceu no tempo
certo.
“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho,
nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a
fim de que recebês semos a adoção de
filhos” (Gálatas 4:4, 5).
2. O
cumprimento preciso das profecias confirma que Jesus é o Messias prometido.
Quando Jesus nasceu, um mensageiro celestial anunciou aos pastores da região de
Belém que o menino era o Salvador.
“O anjo, porém, lhes disse: Não temais;
eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é
que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”
(Lucas 2:10, 11).
3.
Jesus não era apenas um profeta iluminado. Como Filho de Deus, Ele foi ungido
com o Espírito Santo para realizar um poderoso trabalho de libertação dos
sofredores.
“Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o
Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e
curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele” (Atos 10:38).
PS.: Lembrando que esses temas são do livro AINDA EXISTE ESPERANÇA de Henrique Chaij distribuído pela NOVOTEMPO!
É isso amados, logo logo postarei o próximo tema! Aguardem...
Fiquem na PAZ
Day, abre o msn, kd vc?? Manda noticias e fotos dos pqnos.... bjus
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