Sejam Bem Vindos!!!

"E conhecereis a VERDADE, e a VERDADE vos libertará". (João 8:32)

Aqui você vai encontrar meu lado espiritual; palavras de Deus, conhecimento, sabedoria! Por isso, venha comigo! Vamos juntos aprender mais de Deus e conhecer um pouquinho de mim... (Day)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Tema 08 - A Fonte da Felicidade



O jovem norte-americano Dennis Plummer queria conhecer melhor a população de seu país mediante o contato direto com as pessoas e por meio das histórias que lhe contassem. Desse modo, Dennis, recém-graduado em psicologia, começou a percorrer a pé o território dos Estados Unidos.

No fim de seu primeiro ano de caminhada, em 1988, Dennis havia entrevistado todo tipo de pessoas: empresários, operários, empregados, camponeses, marinheiros e inclusive narcotraficantes e prostitutas. Tinha ido a várias cidades, as maiores e as menores de seu país. Depois disso, ele escreveu este comentário: “O que eu percebia nas pessoas era uma espécie de questionamento sobre o sentido da própria vida. O homicida nº 1 dos Estados Unidos é o tédio. De diferentes maneiras, as pessoas estão buscando um significado para a vida.”

O que descobriu Dennis Plummer em sua pesquisa não é por acaso o que também sentem e padecem as pessoas de outros lugares? Já nos dias de Cristo, a humanidade sofria de tédio e de vazio existencial. A maioria ignorava sua razão de viver. As pessoas viviam ao seu modo, sem saber para quê. A experiência de viver era mais tediosa que prazerosa. As pessoas tinham fome de bem-estar e felicidade. Necessitavam descobrir um novo rumo e uma nova esperança para sua vida. Entre ontem e hoje existe grande diferença?

A busca do coração

Não importa onde nos encontremos, sempre veremos pessoas sem alegria e satisfação. Pessoas que desejam sentir-se melhor, com anseios satisfeitos, sonhos alcançados, plenitude espiritual; pessoas com sede de felicidade, que somente o Senhor pode atender.
Jesus tem o maior interesse de suprir nossas carências e remediar nossas tristezas. Ele deseja que nos sintamos bem com nós mesmos, e que tenhamos uma canção de alegria no coração. Ele declara: “que vossa alegria seja completa” (João 16:24). Além disso, nos ajuda a alcançá-la.

O Mestre vivia rodeado de pessoas, e todas recebiam alguma bênção. O abatido recebia ânimo, o triste voltava contente para casa, o doente recuperava a saúde, o entediado ficava entusiasmado e o angustiado encontrava esperança. As crianças sorriam e suas mães se emocionavam de alegria.

Tão profundo era o anseio de Jesus de ver as pessoas felizes que começou o Sermão do Monte apresentando as célebres bem-aventuranças. Não começou falando de religião ou doutrina, tampouco apontando a hipocrisia de Seus inimigos. Compreendendo a real necessidade do numeroso público ali reunido, começou apresentando a transcendente fórmula da felicidade humana.

A fórmula mais eficaz

Conforme uma parábola moderna, vários cientistas de renome se propuseram a realizar um plano insólito. Preocupados com o desânimo e a tristeza da população depois da guerra, recorreram ao computador mais avançado para descobrir um modo de tornar as pessoas um pouco mais felizes.

Esse supercomputador poderia oferecer a resposta adequada. Desse modo, o carregaram com todos os dados relativos ao problema que desejavam resolver. Depois, com ansiosa expectativa, teclaram a pergunta: “De que maneira as pessoas podem ser mais felizes?” E, após um prolongado silêncio, apareceu na tela a surpreendente resposta: “Seguindo as bem-aventuranças de Jesus!”

Não foi correta a resposta que deu o computador? A fórmula da felicidade apresentada por Jesus continua sendo a mais adequada e eficaz. O que diz essa antiga fórmula das bem-aventuranças? Seu conteúdo é paradoxal, aparentemente contrário à razão. Mas ali estão a sabedoria e a profundidade desse ensinamento imortal.

O Mestre começou dizendo: “Bem-aventurados os pobres de espírito”. Ou seja, os que reconhecem humildemente sua necessidade espiritual, porque assim se aproximarão de Deus, que os encherá de bênçãos. Logo continuou: “Bem-aventurados os que choram”. Outra vez, vemos a nota contraditória. Como alguém pode ser feliz enquanto estiver chorando? Não se trata do que chora por alguma dor física, mas do que tem dor na alma, que se dissipa com o bálsamo do Senhor. E esse bálsamo deixa finalmente melhor o espírito do que antes de ter a dor.

No restante das bem-aventuranças aparecem os “mansos”, os “que têm fome e sede de justiça”, os “misericordiosos”, os “puros de coração”, os “pacificadores” e os que sofrem injustamente por causa do tratamento que recebem do próximo (Mateus 5:3-11). Todos eles são bem-aventurados ou felizes, porque praticam a bondade, agem com justiça, têm amor fraternal, vivem com pureza, amam a paz e são abençoados quando a maldade alheia é manifestada contra eles.

Dialoguemos com o Mestre:

 – Senhor, que significado têm esses princípios de vida íntegra e piedosa?

 – Os princípios das bem-aventuranças – nos responde o Mestre – chegam à profundidade do ser e apontam o caminho da redenção. Os que cumprem esses princípios estarão no “reino dos Céus”, “herdarão a Terra” e “verão a Deus”. Nisso consiste a maior felicidade: não apenas em passar bem os poucos anos da vida terrena, mas em ter a certeza da vida eterna.

– Mas acaso, Senhor, não há felicidade também no bem-estar e nas conquistas pessoais desta vida?

– Sim, essas são alegrias e satisfações que Deus outorga a Seus filhos. Mas, para que sejam profundas e duradouras, devem estar fundamentadas nos princípios transcendentes do amor a Deus e ao próximo.    
    
Do contrário, cedo ou tarde, essas “alegrias” se desvanecerão e deixarão vazio o coração. A mera alegria humana é incompleta e fugaz. Por outro lado, a felicidade que procede de Deus é estável e dura tanto quanto aquele a quem redime.

Atitudes da felicidade

Com Seu ensinamento, Sua companhia e Sua ajuda constante, Jesus alegra o coração. Inclusive, semeia em nossa mente as atitudes mais corretas para termos alegria de viver. Só um Mestre como Ele poderia nos dar tão grande bênção.

Citemos algumas dessas atitudes que contribuem para nossa felicidade:

1. Entusiasmo. Ou seja, um espírito resoluto e animoso nas tarefas cotidianas e mesmo em face das dificuldades; a mente positiva que não teme os desafios e o otimismo que sempre nutre a esperança. O entusiasmo é a vitalidade emocional que previne o desalento; é a qualidade da alma que enriquece a força de vontade. É o domínio da alegria sobre a tristeza.

2.  Calma interior. Quando existe angústia, desassossego ou nervosismo, não pode haver alegria. E, quando a ira e o rancor dominam, tampouco pode se desenvolver o hábito de ser feliz. Mas, quando a vontade serena o espírito, a calma retém a alegria do coração. Isso é possível com a ajuda diária de Deus.

3. Espírito de serviço. A atitude de serviço estimula a alegria de viver. Servir é compartilhar e ajudar; é amar e conviver fraternalmente com o próximo. É fazer algo – grande ou pequeno – para alegrar alguém, o que alegra a própria pessoa. Mexa as mãos, os lábios, a alma para servir por amor, e você será uma pessoa feliz.

4. Maturidade emocional. Essa é outra importante atitude que promove a alegria do coração. A maturidade emocional nos torna compreensivos, flexíveis e bondosos com os demais. Leva-nos a esquecer a calúnia recebida, o gesto amargo do próximo, ou a intenção mesquinha do adversário. A verdadeira maturidade nos faz felizes, porque não se detém em futilidades, nem sofre pelas pequenas inconveniências da vida. Guie-se pelo exemplo de Jesus, que buscava sempre o bem dos demais.

5. Harmonia familiar. Que fator vital de felicidade! Os pais são felizes somente quando constroem e mantêm a harmonia de seu lar. E os filhos aprendem a alegria de viver quando vêem seus pais felizes. Isso é fundamental nesta época de desagregação familiar. Embora teoricamente todo lar seja um lugar de amor e carinho, vemos muita violência doméstica. No Reino Unido, por exemplo, a violência doméstica é o segundo tipo de crime mais comum, respondendo por cerca de 25% dos incidentes violentos reportados à polícia. A violência familiar, sem dúvida, tem um impacto negativo nas crianças. Estudos mostram que a violência conjugal predomina nos ambientes “com potencial para causar problemas de agressividade e transgressão em crianças” e que “comportamentos agressivos em crianças tendem a manter-se ao longo do tempo e de forma cada vez mais acentuada”.

Além disso, os divórcios estão se multiplicando em várias partes do mundo, incluindo os países da América Latina. Em 2007, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram realizados 916.006 casamentos no Brasil, mas o número de divórcios chegou a 231.329, ou seja, para cada quatro casamentos foi registrada uma dissolução. A taxa de divórcios no país cresceu 200% em pouco mais de 20 anos (1984-2007). O interessante é que um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as novelas da maior rede de TV do Brasil, com suas críticas aos valores tradicionais, e um aumento no número de divórcios no país nas últimas décadas.  Sem julgar os motivos de ninguém, podemos dizer que o sonho de Deus para as famílias não está sendo levado a sério por muita gente. Veja a porcentagem de novos casamentos que terminam em divórcio em alguns países:

País
Divórcios (% de casamentos)
Suécia
54,9
Finlândia
51,2
Luxemburgo
47,4
Austrália
46
Estados Unidos
45,8
Dinamarca
44,5
Bélgica
44
Áustria
43,4
Rússia
43,3
Reino Unido
42,6
Noruega
40,4
França
38,3
Holanda
38,3
Hungria
37,5
Canadá
37
Portugal
26,2

Mantemos dentro de nosso lar um clima de harmonia, cordialidade e amor, para tornar felizes todos os membros da família? O Senhor alegra nossos lares quando Lhe pedimos ajuda e bênçãos. Eleve hoje uma oração em favor de sua família. Faça isso todos os dias. Deus o recompensará.

6. Fé sincera em Deus. O Senhor nos faz felizes quando confiamos nEle; quando procuramos Sua amizade e falamos com Ele; quando Sua morada em nosso coração nos leva a viver com retidão. Dizem as Escrituras: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor” (Jeremias 17:7).

A euforia de crer

Das seis atitudes que acabamos de citar para o alcance da felicidade, a última delas merece consideração adicional. Refiro-me à fé ou confiança em Deus, mediante a qual o Senhor dissipa as sombras do coração e nos outorga genuíno contentamento.

Um avô havia levado ao circo vários de seus netinhos. A idéia era que todos eles passassem um momento alegre e divertido. Contudo, o neto mais novo se assustou com um dos números do circo, e se pôs a chorar. Então, o avô, para tranqüilizar o pequenino, disse-lhe: “Trouxe você aqui para que se divirta. Pare de chorar!” Mas o menino continuou chorando.

Assim como o circo foi incapaz de fazer rir o menino de pouca idade, muitos outros recursos utilizados para alegrar os adultos só produzem um prazer exterior e momentâneo. Mas o que o circo da vida mundana não pode dar, a fé que nos une ao Senhor nos dá em abundância. Junto de Jesus tudo é muito melhor. Caso seja algo prazeroso, o desfrutamos muito mais; se é alguma adversidade ou momento amargo, tudo se torna mais suportável. A fé nos capacita a corrigir o mal, aumentar o que é bom e desfrutar o que é melhor.

Acima de tudo, o apóstolo Paulo nos assegura que a salvação se recebe “mediante a fé” em Jesus (Romanos 3:25). A fé não é o fundamento da salvação, mas o meio ou instrumento pelo qual nos apropriamos de Cristo e Sua justiça; é a mão vazia que se estende e recebe a justiça ao aceitar a Cristo.

A fé não só nos capacita a receber a salvação, mas também as demais bênçãos que Deus nos prometeu. Muitos, “por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros” (Hebreus 11:33, 34).

Como podemos desenvolver a fé? Estudando a Palavra de Deus: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10:17, ARC).  
E também nos aproximando de Jesus, definido pelo autor de Hebreus (12:2) como “o Autor e Consumador da fé”.

Mas isso é apenas uma parte do todo. A história continua...


PARA RECORDAR:

  1.  Para ser feliz e pertencer ao reino de Deus, a pessoa precisa praticar os ensinos de Jesus.

     “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus” (Mateus 7:21).

 2.  O conhecimento experimental de Deus e de Jesus significa vida eterna.

     “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).

 3.  A fé é o método de nos relacionarmos com Deus. Ela nos habilita a receber a salvação oferecida por Jesus, além de outras bênçãos.

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam” (Hebreus 11:6).


PS.: Lembrando que esses temas são do livro AINDA EXISTE ESPERANÇA de Henrique Chaij distribuído pela NOVOTEMPO

É isso amados, logo logo postarei o próximo tema! Aguardem...
Fiquem na PAZ! 

Tema 07 - Verdades Essenciais


Entre os ensinos mais destacados do grande Mestre, há três que se destacam pela sua transcendência e seu valor para a vida: A realidade de que todo ser humano tem uma grande sede espiritual que precisa ser satisfeita por uma fonte inesgotável, a necessidade da transformação por um poder maior do que nós mesmos e a importância do diálogo constante com Deus.

Sede espiritual

Uma mulher resgatada da prostituição disse a uma de suas antigas colegas: “Eu estive no seu lugar. Sei que no íntimo do seu coração há um vazio que gostaria que fosse preenchido, e um amor verdadeiro que gostaria de encontrar. Era assim comigo, até que encontrei Jesus como a grande esperança da minha vida. Se você O conhecesse, todo o seu ser ganharia uma dimensão superior. Você encontraria uma vida sã, livre e feliz. Desejo que você também experimente a mudança. Então, parecerá mentira que algum dia teve esse tipo de vida. Jesus pode lhe tirar do abismo, como dele me tirou. Não vacile! Aceite-O também. Ele fará de você uma nova mulher!”

E a mulher da vida aceitou o convite. Ela fez de Jesus seu Amigo e tornou-se uma nova pessoa ao deixar definitivamente sua antiga vida licenciosa. Mudanças, muitas mudanças! Isso é o que produz o Senhor quando aceitamos Sua renovadora palavra, deixamos que transforme nossa vida e seguimos Seu exemplo perfeito.

Todo ser humano anseia por significado na vida. Não queremos levar uma vida fútil e sem sentido. Mas como saciar essa sede? Quem pode dar sentido à nossa vida? Encontramos a resposta em um episódio ocorrido com o próprio Cristo.

Certo dia, uma mulher da cidade de Samaria foi tirar água do poço. Ali, sentado junto dele, Jesus descansava. Quando a mulher ia tirar a água, o Senhor lhe pediu: “Dá-Me de beber” (João 4:7). Admirada diante de tal pedido, que provinha de um forasteiro judeu, a mulher respondeu: “Como, sendo Tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?”

E assim teve início o diálogo que tocaria a grande necessidade espiritual da mulher. Jesus começou pedindo água e concluiu oferecendo a Si mesmo como o supremo manancial da vida. Disse: “Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (v. 14).

Quando a mulher entendeu quem era realmente a Pessoa que lhe dizia essas palavras, deixou seu cântaro junto ao poço e retornou eufórica à sua aldeia para contar o que lhe havia ocorrido. As palavras do Mestre foram impactantes, reveladoras e críveis, uma vez que mostraram a verdadeira condição moral da mulher (João 4:16-19). Mas, de forma especial, o Senhor despertou nela uma nova forma de vida, e isso fez com que testemunhasse a todo o povo de Sicar, onde vivia.

Prezado leitor, qual é sua sede agora? Tem por acaso sede de Deus, como a mulher samaritana do passado? Necessita ajustar o rumo de sua vida? Ou, ao compreender quão rapidamente passam os anos, anseia a eternidade? Há algo em sua saúde ou em sua família que não está bem? Aproxime-se de Jesus mediante uma simples oração silenciosa. Diga-Lhe o que está acontecendo, qual é seu anseio, o que o preocupa no íntimo de seu ser. Ele lhe dará a água que sacia toda forma de sede. Seu encontro com Ele fará você feliz e lhe dará plenitude espiritual.

As grandes necessidades da alma podem ser atendidas apenas na companhia de Cristo. Que outra pessoa, além dEle, poderia preencher o coração humano com tanta esperança, paz e contentamento ?

Entretanto, Jesus ensinou que precisamos ir além desse estágio. Devemosser transformados por um poder superior para que alcancemos uma nova vida.

Nascer de novo

Jesus foi um comunicador modelo quando falava às multidões, mas não era diferente quando falava pessoalmente com Seus interlocutores. Assim a Bíblia relata o diálogo memorável que o Mestre manteve com Nicodemos. Foi no silêncio e nas sombras da noite. Como príncipe religioso da nação, Nicodemos percebia em Jesus o enviado de Deus, mas tinha algumas perguntas em sua mente.

Com tais inquietações, Nicodemos foi ver o Senhor. Jesus logo notou a necessidade espiritual do visitante, de modo que, evitando considerações de menor importância, foi direto ao ponto e disse-lhe: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). E continuou falando-lhe sobre o renascimento interior, até chegar à verdade essencial da “vida eterna” (v. 16).

Com essas palavras, Jesus impressionou tão profundamente o coração de Nicodemos que ali, em meio à noite, esse homem captou a luz divina que lhe iluminaria o coração até o fim de seus dias. Você às vezes tem dúvidas? Alguma sombra espiritual lhe causa agonia? Necessita escutar a voz orientadora do Altíssimo para saber o que fazer da vida? Não vacile! Faça o mesmo que Nicodemos. Vá a Jesus com seus anseios e perguntas, e Ele lhe oferecerá a resposta salvadora.

Nicodemos começou com dúvidas e inseguranças, mas terminou com respostas e certezas. Naquela noite, ele se converteu num sincero seguidor de Cristo. A palavra poderosa e amiga do Mestre fez dele um novo homem.

O novo nascimento implica um despertar à vida espiritual, e a regeneração é o processo criativo de Deus mediante o qual a pessoa, incapaz de compreender ou cumprir as coisas espirituais (1 Coríntios 2:14-3:3), se converte numa pessoa espiritual que aprecia a Palavra de Deus e começa a praticar essa forma de vida.

Tendo em vista esse novo princípio em operação na vida, o apóstolo Paulo exorta os crentes: “Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Efésios 4:22-24).

Essa transformação é possível somente pelo poder vital do Espírito Santo operando em nossa vida, um dom que recebemos através de Jesus. Por isso, a Bíblia diz que, em Sua misericórdia, Deus “nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que Ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tito 3:5, 6). Além de nos salvar, Cristo envia o poder para nos transformar e possibilitar uma nova vida.

O poder da oração

A pessoa transformada pelo Espírito Santo procura levar uma vida de constante contato com Deus, por meio da oração, que é o oxigênio da vida espiritual. Por meio da oração, Deus pode fazer mudanças em nossa vida.

Um criminoso estava sendo levado à câmera de gás para ser executado e, em meio à dor e ao remorso, exclamou: “Se naquela manhã eu tivesse orado a Deus, não teria cometido esse crime horrível!” O assassino estava convencido de que, se no dia fatal tivesse buscado a ajuda divina, jamais teria cometido o crime que o levara à pena capital.

Quão facilmente podemos estragar um dia de trabalho, ou a boa relação com um companheiro, e até a paz de nosso lar, porque perdemos o controle! E esse descontrole poderia ter sido evitado se, no começo da jornada, tivéssemos pedido a Deus ajuda e bênção. Quantos males poderíamos evitar, e quantos atos de bondade poderiam ser muito mais freqüentes, se cultivássemos o valioso hábito de falar todos os dias em oração com nosso Pai celestial! Tal era o costume de Jesus.

Em Sua natureza humana, Jesus sentia a necessidade de orar ao Pai. Não podia conceber Sua vida, nem realizar Suas obras prodigiosas, sem manter uma relação constante com Deus. O reiterado testemunho dos evangelhos revela esse hábito exemplar de Jesus:

    • “E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho” (Mateus 14:23).

    • “Tendo-Se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava” (Marcos 1:35).

    • “Ele, porém, Se retirava a lugares solitários e orava” (Lucas 5:16).

Tantas vezes os discípulos O viram orando, e observaram-nO fortalecido depois da oração, que nasceu neles o profundo anelo de aprender a orar. Queriam orar como fazia o Mestre.
Certo dia, quando Jesus havia terminado de fazer Suas orações ao Pai, um de Seus discípulos Lhe pediu: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lucas 11:1). Então, o Senhor lhes ensinou o “Pai Nosso”, a oração que seria o modelo para os crentes de todos os tempos.

O Pai Nosso tem a seguinte particularidade:

    • Ensina-nos a chamar nosso Deus e Criador de “Pai”. Isso nos permite senti-Lo próximo, com laços de amor filial.

    • Ensina-nos a pedir o “pão de cada dia”, não o pão para uma semana ou para um mês. Portanto, é apresentada a necessidade de pedir cada dia tanto o pão material como qualquer outra dádiva que queiramos receber da parte de Deus.

    • Assinala que o Pai perdoa nossas faltas, e que é diretamente a Ele que devemos pedir perdão por elas.

    • Mas essas faltas serão perdoadas “assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Isso nos mostra que devemos ser bons perdoadores (ou seja, perdoadores generosos, com amor fraternal, sem rancor), assim como desejamos que Deus seja conosco.

Jesus incentivou Seus discípulos a buscar a Deus de maneira privativa: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto” (Mateus 6:6). A oração deve ser constante em nossa vida, mas não pode se tornar uma propaganda da nossa espiritualidade. Deus, que nos conhece em detalhes, ouvirá os anseios do nosso coração.

A vida dos discípulos mudou quando aprenderam a orar. Isso acontece hoje conosco. Conviva com o Senhor mediante a oração e desfrute os resultados infalíveis. Ele nunca nos faz esperar. Sempre tem tempo para nos atender.

Benefícios da oração

Se Cristo teve na oração Sua fonte de poder, e isso também ocorreu na experiência de Seus discípulos, não poderia acontecer o mesmo em nossa vida hoje? São tantos os benefícios que proporciona o hábito de orar que seria incompreensível que um crente que diz amar a Deus não cultive esse privilégio de viver em diálogo e em sintonia com o Senhor.

Vejamos alguns dos vários benefícios da oração:

    1. Concilia-nos com Deus. Faz-nos sentir acompanhados por Ele. Afugenta toda possível solidão do coração, e, ao crescer assim nossa amizade com o Senhor, mais desejaremos conviver com Ele.

    2. Enche-nos de paz. Se temos ansiedade, preocupação ou angústia, nossa relação com Deus nos inunda de paz. Dá-nos calma interior, domínio próprio e equilíbrio emocional.

    3. Dá-nos segurança . Tira os temores do coração e ajuda a nos sentirmos mais confiantes. Dá a certeza do cuidado protetor de Deus e nos distancia do perigo.

    4. Fortalece-nos espiritualmente. A oração faz-nos fortes para rejeitar a tentação e o mal que nos cercam. Vence nossos desalentos e debilidades pessoais.

    5. Ajuda a nos conhecermos melhor. Leva-nos a examinar nossa vida para detectar nossas necessidades, a fim de apresentá-las diante de Deus. O exame de nossa vida interior nos ajuda a crescer psicológica e espiritualmente.

    6. Ensina-nos a ser agradecidos. A verdadeira oração não tem só a finalidade de pedir, mas também de reconhecer e agradecer as bênçãos do Altíssimo. Na realidade, sempre deveríamos sentir e expressar gratidão a Deus.

    7. Muda nosso caráter. Eleva nossos pensamentos, melhora nossas decisões e renova nosso modo de ser. Quem ora com sinceridade e com fé, abrindo o coração ao Senhor como a seu melhor amigo, embeleza e aperfeiçoa seu caráter.

Diante desses importantes benefícios que a oração outorga, deveríamos orar constantemente para nos assegurarmos das bênçãos de Deus. Se você achar por bem, agora mesmo, não importa onde esteja, interrompa a leitura e eleve sua mente ao Senhor. No silêncio, Ele lerá seus pensamentos e responderá seus pedidos. Tente fazer a prova, e o Senhor o premiará!
 
Muitos negligenciam a oração e não buscam a Deus ao longo do dia.  Que descuido não falar com o Pai celestial para receber Sua bênção! E pensar que Ele espera que mantenhamos diálogo com Seu coração de amor!

Talvez isso não descreva seu modo espiritual de ser, mas reforça o amável convite de Jesus para que você permaneça unido a Ele através da oração. É um convite para fortalecer sua fé, resistir à maldade, conservar a harmonia do lar, cultivar a amizade com Jesus. O Senhor oferece tudo isso mediante nossa comunhão com Ele. Como, então, descuidar da oração? Porém, isso não é tudo. A história continua com outros episódios de amor e esperança...

PARA RECORDAR:

 1.  Toda pessoa anseia por significado e tem uma grande sede espiritual.  Somente Jesus pode saciar essa sede.

    “Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:13, 14).

 2.  A oração é um meio essencial para vivermos em sintonia com Deus. Entre outros benefícios, a oração enche-nos de paz e de esperança. Por isso, devemos orar com freqüência.

    “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6, 7).

 3.  Ao orar, devemos confiar no poder de Jesus, e não nos méritos de outros seres humanos.


    “E tudo quanto pedirdes em Meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14:13).




PS.: Lembrando que esses temas são do livro AINDA EXISTE ESPERANÇA de Henrique Chaij distribuído pela NOVOTEMPO!

É isso amados, logo logo postarei o próximo tema! Aguardem...

Fiquem na PAZ!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Tema 06 - Valores Eternos


Se Jesus nos comove com Suas ternas parábolas, também nos instrui com Suas aulas magistrais. Recordemos algumas delas, nas quais o Mestre destaca os valores superiores da vida e os grandes princípios que devem reger nosso comportamento.
A grandeza de espírito

Os discípulos estavam discutindo entre si sobre qual deles seria o maior, o mais importante, o mais respeitado. Então Jesus os chamou e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o último e servo de todos” (Marcos 9:35). Porém, os discípulos João e Tiago pareceram não entender esse ensinamento. Por isso, pouco depois, ajudados por sua mãe, se dirigiram ao Mestre para Lhe pedir que em Seu reino os colocasse um à Sua direita e o outro à Sua esquerda. Queriam ser os primeiros! Ainda não haviam aprendido que, no reino espiritual de Cristo, o que mais tem valor é o que serve com maior dedicação, e não necessariamente o que tem o cargo mais elevado (Marcos 10:35-45; Mateus 20:20-28).

Quanto nos agradam o poder, a importância pessoal e o lugar de maior destaque para obter o reconhecimento dos demais! Mas, à vista do Altíssimo, isso é indignidade e egoísmo, próprio de seres inferiores. Na concepção divina, a ordem máxima é servir por amor, é dar pelo bem alheio, não importa a posição que ocupemos. Isso é o que o Mestre ensina, e o que Deus abençoa. Essa é uma valiosa verdade que assegura a alegria de viver.

A verdadeira generosidade

Certo dia, Jesus parou para observar como as pessoas davam suas ofertas no templo. Entre os ricos que entregavam vultosas quantias, “uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor”. Diante disso, o Mestre fez o seguinte comentário: “Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Marcos 12:41-44, NVI).

Para Deus, o que damos não vale tanto pela quantidade, mas pelo espírito com que o fazemos. Podemos dar do que nos sobra, para adulação de nosso ego, para tranqüilizar nossa consciência, ou para receber elogio do próximo. Mas esse hábito tão comum, ainda que possa ser aprovado pela sociedade, é reprovado por Deus, que valoriza apenas os motivos nobres de nossas ações.

Quando você der algo, faça-o com amor, não como quem dá a moeda que lhe pesa no bolso. Mesmo que dê pouco, talvez bem pouco, se realmente der com desprendimento, esse gesto terá a recompensa do Senhor. Nisso consiste a verdadeira generosidade do coração. Se tivéssemos a abnegação da viúva de antigamente, quão diferente seria o mundo!

Amor sem fronteiras

Como resposta à pergunta maliciosa que havia formulado um doutor da lei, o Mestre contou uma parábola. Começou dizendo que, no caminho entre Jerusalém e Jericó, um homem “veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto”.

Depois disso, um sacerdote passou pelo lugar e, ao ver o homem naquela condição, se fez de distraído e continuou seu caminho. Mais tarde, passou por ali um levita (religioso dedicado ao serviço do templo) e fez o mesmo. Em terceiro lugar, passou um samaritano. E ele, tocado pela necessidade do homem semimorto, o curou e tratou de suas feridas. Além disso, o levou a uma pousada próxima e permaneceu ao seu lado até o dia seguinte. Também pagou a conta e prometeu pagar qualquer outro gasto que produzisse o desventurado.

No fim do Seu relato, Jesus perguntou ao doutor da lei qual dos três viajantes considerou que o ferido era seu próximo. O doutor respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele.” Então, Jesus lhe disse: “Vai e procede tu de igual modo” (Lucas 10:25-37). O ensinamento era claro: o “doutor”, tão entendido em doutrina e teologia, ainda tinha que aprender a lição básica do amor zeloso, que prontamente atende o irmão necessitado e desprotegido.

Não é essa também a lição de amor fraternal que hoje devemos recordar a cada dia? Pode não ser o caso extremo de ajudar a um doente ou um acidentado, mas podemos expressar o espírito do bom samaritano a cada instante e em toda ocasião. O companheiro de trabalho que perdeu seu filho, o colega de estudo que chora pela separação de seus pais, o amigo que tem o coração abatido, o rapaz que não é querido pelos demais, a moça abandonada pelo noivo...

Cada um desses é nosso próximo, a quem podemos ajudar, como fez o antigo samaritano. Uma palavra, um gesto, um sorriso, um favor, um momento de companhia, um modesto presentinho, todas essas são boas maneiras de amar o próximo como a nós mesmos. Não existem motivos para omitir atenção humana desse tipo, porque não custa nada, e, no entanto, pode ajudar muito. Apontando a bondade do samaritano, o Senhor diz hoje a nós também: “Vai e procede tu de igual modo.”

Ensinamento imortal

Em seu imortal Sermão do Monte, Jesus ensinou o amor abnegado e perdoador. Ali, Ele destaca a perpetuidade de Sua lei de amor (Mateus 5:17-20), e chega à máxima expressão da bondade quando declara: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” (Mateus 5:44, ARC).

O Mestre acrescenta: “Porque, se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam.” Ou seja, qual é o mérito de amar ao que habitualmente nos ama? Isso qualquer um pode fazer, mesmo o egoísta, que ama simplesmente por conveniência, porque sabe que seu amor será correspondido. O verdadeiro mérito consiste em amar inclusive os que não gostam de nós ou nos olham com maldade (Lucas 6:32-36).

Que ideal elevado! Tal é o desafio que nos apresenta o Senhor para orientar nosso comportamento com os demais. E, embora o alvo seja elevado, não deveríamos apontar para ele, engrandecendo assim nosso coração de cristãos? Esse é o insuperável ensino da regra áurea: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Mateus 7:12).

Esse é o nobre princípio cristão das relações humanas: ser e agir com os demais como gostaríamos que fossem e agissem conosco. Se quisermos que o vizinho seja bom conosco, sejamos primeiro nós assim com ele; e, se ele continua indiferente ou anti-social, igualmente teremos ganhado, porque soubemos ser bondosos com ele.

O amor generoso é especialmente necessário no lar. Que outro fator poderia construir melhor a felicidade da família que o amor desinteressado? Esse amor sincero une o casal e mantém a harmonia do lar. O verdadeiro amor sempre vence. Utilize-o para o bem de sua família e a boa formação de seus filhos.

Paulo escreveu sobre esse amor incondicional quando disse: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba” (1 Coríntios 13:4-8).

Uma senhora e seu esposo prometeram muitos brinquedos, roupas e uma linda casa ao menino de um orfanato se ele fosse morar com eles. O menino lhes perguntou: “Eu não posso ter nada além disso?” A senhora então lhe perguntou: “Que mais gostaria de ter?” Ele respondeu: “Quero apenas que me amem!” E o pequeno foi adotado com muito amor.

A resposta do menino foi o grito desesperado de sua alma. Ele necessitava de amor. Não é esse também o maior anelo de todos os seres humanos? Não existe sobre a Terra maior necessidade que a de ser amados, aceitos e compreendidos.

Por isso, o Senhor nos insta a cultivar e compartilhar a beleza do amor. Mediante Suas palavras, nos ensina como amar, a quem amar e para que amar. Mas Sua palavra se agiganta com a força de Seu exemplo. Ele diz: “Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei” (João 15:12). Ele amava Seus amigos, os desvalidos, os pecadores e os necessitados da sociedade.

O amor do Mestre se prolonga hoje até nós. Ele corrige nossos defeitos e modela com paciência nosso caráter. O magnetismo de Seu amor nos mantém junto dEle, para que aprendamos a ser como Ele.

O carinho pelas crianças 

Jesus tratava as crianças com especial ternura e consideração. Uma vez, os discípulos quiseram distanciar as crianças que se aproximavam do Mestre. Mas Ele lhes disse: “Deixai vir a Mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. [...] Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava” (Marcos 10:13-16).

Nenhuma tarefa de Jesus era tão importante a ponto de impedi-Lo de expressar Seu amor para com as crianças. Na sociedade daqueles dias, as crianças eram subestimadas e não desfrutavam maiores direitos. Era-lhes proibido interferir nas tarefas dos adultos. Dessa atitude errada participavam os discípulos. Por isso, quiseram impedir que as crianças se aproximassem do Senhor. Mas Ele, com Sua terna aceitação dos pequenos, mostrou quanto as amava e o tratamento considerado que mereciam.

Quão triste o Mestre fica hoje quando vê como muitas crianças são maltratadas ou o abandono assassino em que vivem! Como Ele levantaria Sua voz para condenar a crueldade e o sofrimento que afligem tantas crianças de nossos dias! O que diria o Mestre ao observar o amor permissivo e indisciplinado que recebem tantos outros pequeninos? E, diante do amor dominante, possessivo e arbitrário que marca a vida de muitos outros filhos, não expressaria o Senhor franca rejeição Custa crer que existam em nosso mundo milhões de crianças que são vítimas cada dia de maus-tratos e que haja tantos milhares de crianças indefesas que morrem diariamente no mundo por falta da devida atenção. Contudo, “delas é o reino de Deus”, e delas é também o mínimo direito de ser amadas, protegidas, alimentadas e educadas.

Você tem crianças sob seu cuidado? Sejam seus filhos, seus netos, seus alunos, ou crianças a quem cuida em sua profissão doméstica, trate-as com amor e paciência. Analise suas reações e procure guiá-las segundo sua necessidade particular. Lembre-se de que uma vez você também foi criança. Assim como os adultos, elas são propriedade de Deus. Pense como Jesus as trataria se estivesse em seu lugar. Confie seu filho aos cuidados do Senhor, e assim você o apartará do mau caminho.
                                                
A lei do amor

Com frequência se fala sobre os Dez Mandamentos (Êxodo 20:3-17) como um código moral que perdeu sua validade original. Muitos já não crêem no conteúdo completo desse Decálogo divino. Outros afirmam que Jesus o cumpriu por nós e que, portanto, estamos desobrigados de guardá-lo. Entretanto, o Mestre ensinou: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” 

E acrescentou: “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra” (Mateus 5:17, 18). Se recordarmos que os Dez Mandamentos foram escritos “com o dedo de Deus” (Êxodo 31:18), e se recordamos que “a lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma” (Salmo 19:7), não resta margem para pensar que essa admirável lei de amor (Mateus 22:37-40) tenha perdido sua vigência e relevância. Graças a Deus porque Sua eterna lei continua em pé, e porque seus sábios preceitos defendem a vida, o amor, a família, a pureza e a integridade em todas as suas formas.

Quantos mandamentos devemos guardar? A maioria deles ou todos? Sem dúvida, quando a Bíblia diz: “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do Senhor!” (Salmo 119:1), está se referindo a todos os mandamentos. Por isso, o apóstolo Tiago escreveu: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2:10). Que privilégio e que bênção têm os que procuram guardar a totalidade da lei de Deus! Isso inclui o quarto mandamento, que estabelece o sétimo dia da semana, o sábado, como o dia de descanso para a felicidade dos filhos de Deus.

Quando Deus, em Sua onisciência e bondade, viu a necessidade de criar o mundo e fazê-lo em seis dias, também achou por bem acrescentar um dia a mais, um dia de “descanso” ou “repouso”, para completar a semana de sete dias. Esse dia se torna ainda mais especial porque o Senhor o abençoou e o santificou (Gênesis 2:3). Quando, pela graça de Cristo, aceitamos a alegria do sábado e vivemos a felicidade de observá-lo, ele verdadeiramente se torna a coroa de nossa semana.

É óbvio que, ao contrário do que muitas igrejas cristãs ensinam hoje, Jesus veio ao mundo não para abolir a lei ou mudar o dia de adoração do sábado para o domingo. Ele veio para cumprir a lei e mostrar seu verdadeiro sentido (Mateus 5:17). Se a lei pudesse ser abolida, Jesus não precisaria ter morrido em nosso lugar.

O teólogo Alberto Timm explica: “A teoria de que a morte de Cristo na cruz teria abolido o Decálogo é destituída de significado e acaba rompendo o relacionamento tipológico entre o santuário da antiga aliança (terrestre) e o santuário da nova aliança (celestial). Se a aspersão do sangue sobre o propiciatório da arca da aliança no santuário terrestre (Levítico 16:14, 15) não abolia a lei que estava contida dentro daquela arca (Êxodo 31:18; 40:20), por que então o sangue de Cristo deveria abolir a lei contida na arca da aliança do santuário celestial (Apocalipse 11:19)?”

 “Portanto”, continua o teólogo, “nos ensinos de Cristo encontramos a verdadeira dimensão espiritual do Decálogo livre das tradições e ‘doutrinas que são preceitos de homens’ (Mateus 15:9). Essa dimensão espiritual abrange também o quarto mandamento, que ordena a observância do sábado (Êxodo 20:8-11).”

O sábado é um dia de descanso, libertação, cura, restauração e esperança. Por isso, Jesus fez pelo menos sete milagres no dia de sábado.3 Embora os líderes judeus tenham criticado o Mestre por fazer curas no sábado, “em nenhum dos casos o ponto em discussão foi a validade do sábado como dia de guarda, mas apenas a forma  de ser ele observado”.  Enquanto para os fariseus o sábado era um dia de regras e restrições, para Jesus ele era um dia de vida e alegria, o símbolo do descanso na graça.

Longe de ser um peso, a lei nos traz a verdadeira liberdade em Cristo. O salmista diz: “Andarei em liberdade, pois busquei os Teus preceitos” (Salmo 119:45, ARC). E Tiago se refere ao Decálogo como “a lei régia”, “lei perfeita, lei da liberdade” (Tiago 2:8; 1:25). Por isso, a Bíblia declara “bem-aventurados” a todos “os que andam na lei do Senhor” (Salmo 119:1), cujo “prazer está na lei do Senhor” e que meditam “na Sua lei de dia e de noite” (Salmo 1:2).

Esse é um ensino eterno de Cristo que devemos observar. Mas há outros aspectos que merecem nossa atenção e que contribuirão para nossa maneira de viver.

Estilo de vida

Na esteira de todo tipo de modismo em termos de dietas para emagrecer, o médico norte-americano Don Colbert resolveu lançar um livro sobre a dieta de Jesus, garantindo que ela tem valor científico.  “Se comermos como Jesus comia, seremos mais saudáveis”, escreve o médico. “Ele é nosso exemplo com relação a bons hábitos alimentares e disciplina, para que vivamos uma vida mais sadia e equilibra De fato, Jesus foi o modelo perfeito e até Sua dieta serve de padrão para nós.   Para formular a dieta de Jesus e de Seus discípulos, o Dr. Colbert explora as regras alimentares do Antigo Testamento (veja, por exemplo, Levítico 11) e analisa a alimentação mencionada no Novo Testamento. Entre outras coisas, ele destaca os seguintes aspectos do estilo de vida de Jesus:

    • Jesus usava pão integral, água e alimentos em seu estado natural, com baixo teor de gordura ou sal, tudo, é claro, sem aditivos ou conservantes.
    • Ele comia muitos vegetais, frutas, feijões e lentilhas. Esses são alimentos prescritos por Deus para os primeiros habitantes do planeta.
    • A carne vermelha era ingerida raramente, apenas em ocasiões especiais, ao passo que o peixe constituía a principal fonte de proteína.
    • A quantidade de alimentos ingeridos por Jesus não devia ser farta, pois se comia apenas o necessário.
    • A dieta de Jesus incluía itens e benefícios da dieta mediterrânea, que contém gorduras saudáveis provenientes principalmente do óleo de oliva.
    • O consumo de suco de uva fornecia os antioxidantes tão valorizados hoje.
    • O modo de comer também era importante, pois, nos tempos bíblicos, as pessoas comiam com calma, o que ajuda a comer menos e facilita a digestão.
    • Além de Se alimentar saudavelmente, Jesus Se exercitava com freqüência em Suas longas caminhadas para fazer o bem ao próximo.

Independentemente das interpretações do médico, será que esse estilo de vida ainda faz sentido no século 21? Sem dúvida! Uma prova de que ele oferece vantagens é que os adventistas, que procuram seguir os princípios bíblicos do viver saudável, vivem de 7 a 10 anos a mais do que a média da população dos Estados Unidos.

Objetos de muitos estudos científicos,  citados com freqüência na mídia e agora retratados no filme  The Adventists, do cineasta Martin Doblmeier, os adventistas valorizam a dieta vegetariana, não fumam, não bebem bebidas alcoólicas, não usam drogas e incentivam a prática do exercício físico. Uma das principais autoras adventistas, Ellen White, que escreveu muito na área de saúde, aconselhou: “Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino – eis os verdadeiros remédios.”
O estilo de vida de Jesus e de Seus discípulos, incluindo a alimentação, é outra lição que devemos levar em conta, para termos uma vida mais saudável.

Ajuda nos momentos de provas


Quem não sofre provas dos mais variados tipos? Mas, em meio dos piores embates, golpes ou adversidades, o Senhor nos diz: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a Minha destra fiel” (Isaías 41:10).

Niccolò Paganini estava apresentando em Paris um dos mais célebres concertos de violino. Enquanto afinava o instrumento, uma de suas quatro cordas se rompeu. A desilusão se espalhou entre o numeroso público presente. Em seguida, em plena execução, outra corda se rompeu. Mas, diante da preocupação das pessoas, Paganini continuou tocando, até que uma terceira corda se partiu.

O público já estava evidentemente desgostoso. Então, com toda serenidade, o afamado concertista disse: “Senhoras e senhores, agora escutarão Paganini e apenas uma corda.” E, utilizando essa única corda, o mestre executou uma música de modo tão extraordinário que, ao final, um aplauso vigoroso ressoou em todo o grande salão.

Alguma vez se rompeu uma ou várias cordas de sua alma? Ou talvez neste momento esteja sofrendo alguma prova, algum quebrantamento? Lembre-se, então, de que Jesus, o Músico supremo, nos toma como somos e como estamos e é capaz de arrancar de nossas dores as melhores melodias de uma vida restaurada e bendita por Ele.

Em nossos pesares e decepções, quando nos ferem com palavras ou atitudes, quando alguém nos trai, ou quando alguém nos devolve mal por bem, então é que podemos recorrer ao Senhor para superar a prova e seguir adiante com bom ânimo. Ele cura e conserta maravilhosamente bem qualquer fratura de nossa alma, e ameniza qualquer dor do coração com Seu bálsamo curador. Antes de você, Ele sofreu maiores provas e perigos, e sempre saiu vencedor. Coloque sua vida sob Seu cuidado de amor!

Exemplo em tudo

O Mestre não ensinou apenas com a palavra, mas também mediante o exemplo. Ensinou o amor aos inimigos, e assim agiu com eles. Ensinou a importância da fé, e ninguém creu tanto em Deus como Ele. Ensinou o valor da humildade, e praticou em alto grau essa grande virtude. Pregou a consideração para com as crianças, e foi o primeiro a amá-las.

Enfim, Jesus nunca pediu algo que Ele mesmo não estivesse disposto a praticar. Jamais insinuou aos Seus ouvintes: “Façam o que digo, mas não o que faço”. Foi o Mestre perfeito que viveu o que ensinou e que ajudou Seus seguidores aimitar Seu exemplo. Chegou a realizar ações desnecessárias para Ele com o único propósito de estabelecer um exemplo para todos os tempos.

Uma amostra clássica do que dizemos é o próprio batismo de Jesus. Ele pediu a João Batista que O batizasse, mas a princípio João recusou tal pedido. Como iria batizar o Messias e Redentor, cuja vida perfeita não necessitava do arrependimento simbolizado pelo batismo? Mas, quando o Senhor insistiu e disse que convinha “cumprir toda a justiça” (Mateus 3:15), João “consentiu” e batizou Jesus.

Por que o Senhor pediu o batismo? Simplesmente para nos dar o exemplo. Depois disso, abriu-se o caminho para o batismo cristão, como símbolo de arrependimento e conversão. Mais tarde, Jesus pediria que as pessoas cressem e fossem batizadas (Mateus 28:19; Marcos 16:16). Mas, antes disso, Ele mesmo já havia recebido o batismo.

Que tipo de batismo recebeu o Senhor? O único que se praticava em Seus dias: o batismo por imersão, que requeria que a pessoa fosse submergida na água e em seguida levantada, como representação da morte para o pecado e a ressurreição para uma vida nova pela graça de Deus.

Por se tratar dessa forma de batismo, era natural que João batizasse em um lugar com muita água. E isso é precisamente o que relata o evangelho, ao dizer que João “estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas” (João 3:23). Anos mais tarde, quando Felipe batizou o etíope que regressava a seu país, ambos “desceram à água” e logo “saíram da água” (Atos 8:38, 39). 

Outra vez, ali esteve presente o batismo por imersão. A palavra “batizar” deriva do termo latino submergir ; e, quando a Santa Bíblia diz que existe um só batismo (Efésios 4:5), alude a esse batismo cristão por imersão, que Jesus exemplificou.

O apóstolo Paulo afirma: “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na Sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6:3, 4). Aqui se afirma que a relação do crente com Cristo mediante o batismo envolve uma relação com Sua morte. No versículo 2, Paulo indica que uma pessoa que aceitou Jesus como seu Senhor e Salvador morreu para o pecado. Disso podemos deduzir que o cristão, unido com Cristo pelo batismo, morreu para o pecado e vive agora uma vida nova dedicada a Deus.

Esse é outro lindo ensino para experimentar, não acha? Mas isso não é tudo. 


A história continua...

PARA RECORDAR:

  1.  Jesus ensinou que devemos amar o próximo como a nós mesmos e tratar os outros como queremos ser tratados.

     “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mateus 7:12).

  2.  A essência da lei de Deus, que foi dada para assegurar o nosso bem-estar, é o amor. Por isso, a lei pode ser resumida no amor a Deus e ao próximo.

     “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37-39).

  3.  A pessoa transformada por Deus busca observar os princípios eternos da lei divina. A obediência à lei é motivada pelo amor.

  “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” (João 14:15).


PS.: Lembrando que esses temas são do livro AINDA EXISTE ESPERANÇA de Henrique Chaij distribuído pela NOVOTEMPO!

É isso amados, logo logo postarei o próximo tema! Aguardem...

Fiquem na PAZ!